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Terra da Diversidade

Emprego: questões comportamentais decidem seleção

2 jul 2012 - 16h49
(atualizado às 16h55)
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Marina Pita
Direto de São Paulo

Cada vez mais é a adequações ao perfil comportamental e menos os requisitos técnicos o que define a contratação ou não de um profissional. A avaliação da diretora de recursos humanos da Proton Consultoria, Sônia Nakabara, vale para qualquer profissional, inclusive com deficiência.

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Segundo ela, a valorização de aspectos comportamentais em detrimento dos técnicos é uma novidade no mundo do recrutamento. "Quando eu comecei a fazer recrutamento, não havia possibilidade de uma empresa preferir um candidato que não cumprisse todas as exigências técnicas por conta de habilidades sociais. Hoje isso acontece porque as empresas valorizam, por exemplo, capacidade de trabalho em equipe".

Outras características bem vistas pelas empresas é a proatividade, capacidade de adaptação à mudanças e liderança. Segundo ela, muitos candidatos já estão cientes do interesse das companhias por essas qualidades e costumam afirmar terem todas elas.

A diferenciação, então, se dá na capacidade do candidato apontar onde estão suas falhas e como pretende suprí-las, explica Sônia. Segundo ela, quem não sabe fazer a autocrítica, provavelmente não está respondendo sinceramente a todas as outras perguntas. "Quando a pessoa diz que está tudo ótimo, não há falhas, a gente percebe que aquele candidato não faz autocrítica, não se avalia verdadeiramente".

Nesta nova realidade, avalia ela, quando um candidato preenche todos os requisitos técnicos e não é chamado para uma vaga, em vez de desanimar, a boa medida é fazer uma autocrítica e avaliar a capacidade de relacionamento interpessoal, diz.

No caso dos profissionais com deficiência, aponta ela, este cenário é igualmente válido. A valorização das qualificações técnicas, no entanto, ainda se mantém como prerrogativa dos processos seletivos, mas é combinado com as questões comportamentais. "Para cumprir a cota, a competição por profissionais com deficiência qualificados é maior", explica ela.

A Lei de Cotas, à qual Sônia se refere, estabelece a obrigatoriedade de empresas com mais de cem funcionários reservarem de 2% a 5% de seu quadro de funcionários a profissionais com deficiência.

Fonte: Terra
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