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Terra da Diversidade

RS: juíza recebe prêmio por projeto de inclusão de cegos

19 dez 2011 - 21h15
(atualizado em 20/12/2011 às 15h55)
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Marina Pita
Direto de São Paulo

A juíza Salise Monteiro Sanchotene venceu a categoria juiz individual do prêmio Innovare, que destaca anualmente as melhores práticas do poder judiciário, por ter criado um programa de inclusão de deficientes visuais. Foi dela a ideia que resultou em um contrato de prestação de serviços firmado entre a Justiça Federal do Estado do Rio Grande do Sul (RS) e a Associação de Cegos do Rio Grande do Sul (Acergs).

Com a parceria, a Acergs criou um centro onde as gravações de audiências são transcritas por deficientes visuais. A prática permite que cegos estejam inseridos não somente no projeto, mas no mercado formal de trabalho, já que aprendem a trabalhar com programas como o Virtual Vison, leitor de telas que transforma texto em som.

Para cada três horas de áudio encaminhadas, a entidade dispõe de três dias úteis para o reenvio desse material em arquivo de texto à Justiça Federal. Tudo ocorre dentro do limite de 20 horas a serem degravadas semanalmente. Antes do projeto promovido por Salise, as pessoas com deficiência visual trabalhavam como vendedores de bilhetes de loteria ou tinham trabalhos autônomos com risco.

"Apesar da criação de cotas destinadas ao emprego de pessoas com deficiência, é bastante comum as empresas darem preferência a outros tipos de deficiência, que não exigem uma adaptação muito grande e a atuação Lei de Diretrizes e Bases da Educação, ainda não consegue oferecer educação básica de qualidade aos cegos", afirmou o Instituto Innovare em nota para justificar a entrega do prêmio à juíza. O projeto de inclusão de deficientes visuais concorreu com outras 104 práticas inscritas na categoria juiz individual.

Fonte: Especial para Terra
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