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Terra da Diversidade

Pesquisa: retenção de funcionários com deficiência é desafio

1 abr 2011 - 11h38
(atualizado às 11h47)
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Marina Pita
Direto de São Paulo

O índice de rotatividade de pessoas com deficiência nas empresas brasileiras chega a 80%, de acordo com pesquisa realizada pela Plura Consultoria e Inclusão Social. A explicação para isso pode ser o baixo número de planos de retenção profissional nas companhias: apenas 6% das pesquisadas têm planos de retenção específicos, de acordo com o levantamento.

Alex Vicintin, CEO da Plura
Alex Vicintin, CEO da Plura
Foto: Divulgação

"Entendemos que muitas empresas focam seus trabalhos em contratar e muito pouco esforço é despendido para mantê-los na organização", explica o CEO da Plura e idealizador da pesquisa, Alex Vicintin.

Para mais da metade dos empregadores (58%), a alta rotatividade profissional das vagas preenchidas por pessoas com deficiência não é diferente da registrada no mercado de trabalho nacional. Outros 42% dizem haver maior rotatividade entre os colaboradores com deficiência.

Mas a dificuldade de manter esses profissionais é apenas uma entre as enfrentadas pelas empresas nesta área atualmente. Apenas 5,7% das empresas dizem não encontrar dificuldades no recrutamento de profissionais com deficiência. Para 36,1% dos entrevistados, a baixa qualificação e/ou experiência dos candidatos com deficiência é a principal dificuldade para inclusão, sendo essa a razão mais apontada no levantamento. Na segunda colocação, 27,7%, está a resistência dos gestores em aceitar pessoas com deficiência em sua equipe.

A dificuldade em recrutar diante aos critérios do processos seletivos corresponde a 19,4%. Por último, 11,1% entendem que a dificuldade de contratação de pessoas com deficiência está na falta de engajamento das equipes.

Exemplos de sucesso

As empresas bem sucedidas na contratação de profissionais com deficiência, porém, estão satisfeitas. De acordo com o levantamento da Plura Consultoria e Inclusão Social, 68% das empresas acreditam que o desempenho das pessoas com deficiência se assemelha ao dos outros funcionários.

"Esse resultado mostra que as empresas estão aceitando melhor pessoas com deficiência em sua equipe e reconhecendo seus talentos e aptidões", avalia Vicintim.

Apenas para 26% dos entrevistaram julgaram a performance das pessoas com deficiência aquém da dos demais funcionários. Outros 6%, no entanto, acham que o desempenho é superior à média de seus colaboradores.

Para além da produtividade

Em relação aos benefícios da inclusão deste público, 50% julgam que a presença de pessoas com deficiência humanizou o ambiente de trabalho, 20% acham que a inclusão melhorou a percepção de gestores e equipes sobre o assunto, 12% notaram melhora no clima organizacional. Apenas 18% dos entrevistados disseram não terem percebido mudanças.

Segundo a legislação brasileira, explica Vicintim, as empresas com 100 a 200 funcionários devem reservar 2% das vagas para pessoas com deficiência. Já as empresas com 201 a 500 funcionários devem reservar 3%; de 501 a 1 mil, 4% e de mil e um em diante, 5%.

A pesquisa da Plura foi realizada entre os meses de agosto e novembro de 2010 e participaram 71 empresas de diversos setores. Dentre as companhias entrevistadas, 65% têm mais de mil funcionários. Na época em que a pesquisa foi realizada, havia 5.578 pessoas com deficiência no quadro de funcionários.

Fonte: Especial para Terra
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