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Crianças plantam árvores para prevenir aquecimento global

22 jun 2012 - 17h22
(atualizado às 18h35)
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Sabrina Bevilacqua
Direto do Rio de Janeiro

Na tentativa de chamar atenção para as mudanças climáticas, um grupo de crianças plantou duas árvores no Riocentro. "Estamos fazendo isso para que o planeta não fique tão quente", disse Galileu Küne, de 4 anos. Filho de uma brasileira com um alemão, ele faz questão de mostrar que já sabe a diferença entre o que o homem deve ou não fazer para ter um futuro melhor. "Tem que cuidar do planeta. Brincar é bonito, destruir é feio", defendeu Galileu.

Galileu, filho de uma brasileira com um alemão,de quatro anos, faz questão de mostrar que já sabe a diferença entre o que o homem deve ou não fazer para ter um futuro melhor
Galileu, filho de uma brasileira com um alemão,de quatro anos, faz questão de mostrar que já sabe a diferença entre o que o homem deve ou não fazer para ter um futuro melhor
Foto: Mauro Pimentel / Terra

Em sua primeira visita ao Brasil, a indiana Anoushka Gupta, de 14 anos, que também participou do ato, questionou a vontade política dos chefes de Estado. "Se eles não ligam, então por que entraram para esse trabalho?". Ela disse estar decepcionada com os resultados da Rio+20. "No meu país tem gente morrendo de fome e eles aqui, gastando tanto dinheiro", criticou.

As crianças fazem parte da organização internacional Trees for Climate Justice. Segundo Kjell Küne, pai de Galileu, a intenção é unir a juventude para tentar gerar mudanças concretas. Ele conta que as crianças costumam dar nomes para cada árvore que plantam. "Neste caso, uma árvore chama Veta e a outra Dilma. Foram as crianças que escolheram".

Para Küne, atos como o desta sexta-feira geram mais efeitos do que o que os governos estão fazendo atualmente. "Se eles tivessem plantado uma árvore aqui teria valido mais do que esse texto", afirmou.

Sobre a Rio+20Vinte anos após a Eco92, o Rio de Janeiro voltou a receber governantes e sociedade civil de diversos países para discutir planos e ações para o futuro do planeta. A Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, que termina hoje, deverá contribuir para a definição de uma agenda comum sobre o meio ambiente nas próximas décadas, com foco principal na economia verde e na erradicação da pobreza.

Depois do período em que representantes de mais de 100 países discutiram detalhes do documento final da Conferência, o evento ingressou quarta-feira na etapa definitiva e mais importante. Nesta sexta, o Segmento de Alto Nível faz sua última plenária e encerra a Rio+20 com a presença de diversos chefes de Estado e de governo de países-membros das Nações Unidas. Em um dos discursos mais esperados, a secretária de Estado americana, Hillary Clinton, defendeu os direitos reprodutivos das mulheres e uma economia de inclusão como garantia de prosperidade.

Apesar dos esforços do secretário-geral da ONU Ban Ki-moon, vários líderes mundiais não vieram ao Brasil, como o presidente americano Barack Obama, a chanceler alemã Angela Merkel e o primeiro ministro britânico David Cameron. Além disso, houve impasse em relação ao texto do documento definitivo, que segue sofrendo críticas dos representantes mundiais. Ainda assim, o governo brasileiro aposta em uma agenda fortalecida após o encontro.

Fonte: DiárioNet DiárioNet
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