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Alemanha diz que esperava objetivos mais ambiciosos na Rio+20

22 jun 2012 - 14h40
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Angela Chagas
Direto do Rio de Janeiro

O ministro do Meio Ambiente da Alemanha, Peter Altmaier, disse que o seu país esperava um resultado mais ambicioso para a Conferência das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, que será encerrada nesta sexta-feira. "Gostaríamos de ter objetivos mais claros e ambiciosos no documento final. Principalmente em relação aos oceanos", disse ao destacar que não se pode esperar mais tempo para proteger esse recurso natural.

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Após pressão de países como Estados Unidos, Japão e Austrália, o trecho do texto final da Rio+20 que trata dos oceanos ficou mais genérico, sem definir o controle dos trechos marítimos que não são de responsabilidade dos países. O ministro alemão também disse que é preciso uma coalisão de forças para colocar em prática as propostas apresentadas no Rio de Janeiro. Ele citou como exemplo de apoio o da indústria alemã que realiza ações para capacitar países em desenvolvimento para trabalhar com a economia verde.

Sobre a mudança do modelo energético do país, com a decisão de fechar todas as usinas nucleares, Altmaier disse que a Alemanha caminha para garantir 100% de fontes limpas até 2050. "É um desafio enorme. Convidamos todos os países a se unirem a nós", afirmou o ministro, que representou a chanceler Angela Merkel no encontro dos líderes mundiais.

"Somos o segundo maior doador em programas de desenvolvimento sustentável, precisamos fortalecer isso com parcerias entre as nações", disse. Apesar das críticas ele disse que considera um avanço o consenso de todos os países de que é preciso rumar para uma economia verde, gerando desenvolvimento, erradicando a pobreza e evitando o colapso ecológico.

Sobre a Rio+20

Vinte anos após a Eco92, o Rio de Janeiro voltou a receber governantes e sociedade civil de diversos países para discutir planos e ações para o futuro do planeta. A Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, que termina hoje, deverá contribuir para a definição de uma agenda comum sobre o meio ambiente nas próximas décadas, com foco principal na economia verde e na erradicação da pobreza.

Depois do período em que representantes de mais de 100 países discutiram detalhes do documento final da Conferência, o evento ingressou quarta-feira na etapa definitiva e mais importante. Nesta sexta, o Segmento de Alto Nível faz sua última plenária e encerra a Rio+20 com a presença de diversos chefes de Estado e de governo de países-membros das Nações Unidas. Em um dos discursos mais esperados, a secretária de Estado americana, Hillary Clinton, defendeu os direitos reprodutivos das mulheres e uma economia de inclusão como garantia de prosperidade.

Apesar dos esforços do secretário-geral da ONU Ban Ki-moon, vários líderes mundiais não vieram ao Brasil, como o presidente americano Barack Obama, a chanceler alemã Angela Merkel e o primeiro ministro britânico David Cameron. Além disso, houve impasse em relação ao texto do documento definitivo, que segue sofrendo críticas dos representantes mundiais. Ainda assim, o governo brasileiro aposta em uma agenda fortalecida após o encontro.

Fonte: Terra
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