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Rio+20: Hillary diz que governos não podem resolver tudo sozinhos

22 jun 2012 - 11h21
(atualizado às 13h10)
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Cirilo Junior
Direto do Rio de Janeiro

Hillary Clinton destacou a importância das parcerias nas questões ligadas ao desenvolvimento sustentável
Hillary Clinton destacou a importância das parcerias nas questões ligadas ao desenvolvimento sustentável
Foto: EFE

A secretária de Estado dos Estados Unidos, Hillary Clinton, defendeu nesta sexta-feira a participação do setor privado no desenvolvimento de projetos de energia limpa. Segundo ela, os governos não podem resolver, sozinhos, todos as questões ligadas ao desenvolvimento sustentável, e por isso, é necessário incentivar parcerias.

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"Compreendemos que o desenvolvimento sustentável é a chave do nosso futuro comum, Tanto para sucesso econômico quanto para segurança ambiental. Estados e governos não podem resolver todos os problemas. Por isso, favorecemos parcerias", afirmou, durante evento na conferência Rio+20.

Hillary participou de cerimônia de assinatura de contrato de financiamento de US$ 20 milhões para projetos de energia limpa na África. Os recursos serão liberados pela Overseas Private Investment Corporation (OPIC). Para a secretária, o acordo é mais uma prova de que os Estados Unidos estão "arregaçando as mangas" para apoiar o desenvolvimento de projetos de energia limpa em todo o mundo.

Para a representante do governo americano, a implementação de projetos de energia limpa auxilia o desenvolvimento econômico da África, por gerar empregos, riqueza, melhoria do nível de vida, além da redução de emissões de poluentes na atmosfera. Hillary Clinton pontuou que a África tem milhões de pessoas que ainda não têm acesso à eletricidade. Um dos fatores desse atraso está ligado ao risco que os investidores veem em apostar em projetos naquele continente.

"Se pudéssemos eliminar alguns dos riscos, acreditamos que podemos alavancar muito investimentos privados de energia limpa na África. Nossa ação vai na direção de ajudar projetos a decolar."

Os Estados Unidos vem dando total apoio para novos projetos baseados em energia limpa, de acordo com Hillary. Ela lembrou que o Congresso americano aprovou a disponibilidade de US$ 2 bilhões para a implementação d em países em desenvolvimento. Ela acrescentou ainda que o Bank of America prevê apoio de US$ 50 bilhões em projetos deste tipo nesta década, em um setor que deve movimentar US$ 10 trilhões nos próximos 20 anos.

"Todos dizemos que somos a favor da energia limpa, mas é chegado o momento de agirmos. Essa iniciativa é parte de esforço dos EUA para garantir energia limpa. Segurança energética é elemento fundamental de nossa política externa", observou.

Após o evento, Hillary seguiu para a plenária da Rio+20, onde fará discurso representando o governo americano. Ela tem encontros previstos com chefes de Estado do Líbano, Sérvia e Austrália. À tarde, a secretária decola rumo aos Estados Unidos.

Sobre a Rio+20

Vinte anos após a Eco92, o Rio de Janeiro volta a receber governantes e sociedade civil de diversos países para discutir planos e ações para o futuro do planeta. A Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, que ocorre até o dia 22 na cidade, deverá contribuir para a definição de uma agenda comum sobre o meio ambiente nas próximas décadas, com foco principal na economia verde e na erradicação da pobreza.

Depois do período em que representantes de mais de 100 países discutiram detalhes do documento final da Conferência, o evento ingressou quarta-feira na etapa definitiva e mais importante. Até amanhã, ocorre no Riocentro o Segmento de Alto Nível da Rio+20, com a presença de diversos chefes de Estado e de governo de países-membros das Nações Unidas.

Apesar dos esforços do secretário-geral da ONU Ban Ki-moon, vários líderes mundiais não vieram ao Brasil, como o presidente americano Barack Obama, a chanceler alemã Angela Merkel e o primeiro ministro britânico David Cameron. Além disso, houve impasse em relação ao texto do documento definitivo, que segue sofrendo críticas dos representantes mundiais. Ainda assim, o governo brasileiro aposta em uma agenda fortalecida após o encontro.

Fonte: Terra
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