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Pressionado, Ban Ki-moon muda opinião sobre texto da Rio+20

22 jun 2012 - 09h24
(atualizado às 14h22)
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Após ser pressionado pela presidente Dilma Rousseff, o secretário-geral da ONU recuou na última quinta-feira das críticas que havia feito ao documento final da Conferência das Nações Unidas Sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20. Depois de afirmar que o texto tinha sido pouco ambicioso, Ban Ki-moon convocou uma entrevista de última hora, apenas para jornalistas brasileiros e mudou seu discurso. As informações são do jornal Folha de S. Paulo.

Ban Ki-moon se encontrou com representantes da Cúpula dos Povos nesta sexta-feira
Ban Ki-moon se encontrou com representantes da Cúpula dos Povos nesta sexta-feira
Foto: AP

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Além de dizer que o resultado foi "um grande sucesso", o secretário-geral, em reunião que durou oito minutos, elogiou a liderança visionária da presidente Dilma e de sua equipe. A mudança de tom ocorreu depois que o chanceler Antonio Patriota repassou o recado do descontentamento de Dilma quanto às críticas. Para ela, quem é signatário e assinou o documento, tem de defender o texto. Na visão da presidente, como os países se comprometeram a reafirmar compromissos e fizeram declarações de intenções sobre o futuro, é errado afirmar que faltou ambição.

Sobre a Rio+20

Vinte anos após a Eco92, o Rio de Janeiro volta a receber governantes e sociedade civil de diversos países para discutir planos e ações para o futuro do planeta. A Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, que ocorre até o dia 22 na cidade, deverá contribuir para a definição de uma agenda comum sobre o meio ambiente nas próximas décadas, com foco principal na economia verde e na erradicação da pobreza.

Depois do período em que representantes de mais de 100 países discutiram detalhes do documento final da Conferência, o evento ingressou quarta-feira na etapa definitiva e mais importante. Até amanhã, ocorre no Riocentro o Segmento de Alto Nível da Rio+20, com a presença de diversos chefes de Estado e de governo de países-membros das Nações Unidas.

Apesar dos esforços do secretário-geral da ONU Ban Ki-moon, vários líderes mundiais não vieram ao Brasil, como o presidente americano Barack Obama, a chanceler alemã Angela Merkel e o primeiro ministro britânico David Cameron. Além disso, houve impasse em relação ao texto do documento definitivo, que segue sofrendo críticas dos representantes mundiais. Ainda assim, o governo brasileiro aposta em uma agenda fortalecida após o encontro.

Fonte: Terra
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