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Após 2 horas, negociadores não conseguem definir 'economia verde'

14 jun 2012 - 15h50
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As negociações em busca de acordo para o texto final da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20) podem levar horas apenas na tentativa de consenso sobre uma expressão. Isso ocorreu nesta quinta-feira com um dos grupos de negociadores que, depois de duas horas, não conseguiu fechar o impasse em torno da definição do significado de "economia verde".

Centenas de indígenas procedentes de três continentes se reuniram nesta quarta-feira no Rio de Janeiro para acender o "fogo sagrado", dando início aos dez dias de atividades paralelas à Rio+20
Centenas de indígenas procedentes de três continentes se reuniram nesta quarta-feira no Rio de Janeiro para acender o "fogo sagrado", dando início aos dez dias de atividades paralelas à Rio+20
Foto: AFP

Confira a programação com os principais eventos

Veja onde está ocorrendo a Rio+20

Tentando apressar as negociações e buscar o consenso para elaborar o texto final, os líderes das negociações marcaram duas reuniões. Uma ocorrerá por volta das 18h desta quinta-feira e a outra, amanhã. O diretor do Departamento de Desenvolvimento Sustentável, Assuntos Econômicos e Sociais da Rio+20, Nikhil Seth, evitou antecipar hoje o que pode ocorrer se os negociadores não fecharem um acordo sobre os principais temas. Ele admitiu, porém, que a possibilidade de não se chegar a um acordo existe.

Isso ocorre porque os representantes de países desenvolvidos e em desenvolvimento não têm a mesma compreensão sobre vários aspectos mencionados no documento negociado e que será assinado pelos 115 chefes de Estado e de governo na próxima semana. As dificuldades envolvem desde o sentido distinto das expressões em cada idioma até percepções ideológicas e impactos políticos e econômicos.

Em meio às sutilezas que cercam as cerca de 200 páginas do documento final, seis aspectos (apontados como fundamentais) instigam os negociadores e impedem os avanços nas articulações pelo fim das divergências. As pendências cercam as definições sobre metas, tecnologias, financiamentos, capacitação de pessoas para execução de programas relacionados ao desenvolvimento sustentável, compreensão sobre o significado de economia verde e novas instituições.

Rio+20

Vinte anos após a Eco92, o Rio de Janeiro volta a receber governantes e sociedade civil de diversos países para discutir planos e ações para o futuro do planeta. A Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, que ocorre até o dia 22 de junho na cidade, deverá contribuir para a definição de uma agenda comum sobre o meio ambiente nas próximas décadas, com foco principal na economia verde e na erradicação da pobreza.

Composta por três momentos, a Rio+20 vai até o dia 15 com foco principal na discussão entre representantes governamentais sobre os documentos que posteriormente serão convencionados na Conferência. A partir do dia 16 e até 19 de junho, serão programados eventos com a sociedade civil. Já de 20 a 22 ocorrerá o Segmento de Alto Nível, para o qual é esperada a presença de diversos chefes de Estado e de governo dos países-membros das Nações Unidas.

Apesar dos esforços do secretário-geral da ONU Ban Ki-moon, vários líderes mundiais não estarão presentes, como o presidente americano Barack Obama, a chanceler alemã Angela Merkel e o primeiro ministro britânico David Cameron. Ainda assim, o governo brasileiro aposta em uma agenda fortalecida após o encontro.

Agência Brasil Agência Brasil
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