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Museu de ciências a céu aberto é porta de entrada para a Rio+20

31 mai 2012 - 16h41
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Giuliander Carpes
Direto do Rio de Janeiro

Um museu de ciências a céu aberto é a porta de entrada para a população carioca se engajar nos temas da Rio+20, Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, que ocorre de 20 a 22 de junho no Riocentro. Abriu nesta quinta-feira a Green Nation Fest, na Quinta da Boa Vista, evento que pretende chamar a atenção para a sustentabilidade com iniciativas interativas e sensoriais.

Na atividade "gol de bicicleta", torcedores de quatro times de futebol do Rio tentam ganhar uma disputa de quem produz mais energia pedalando
Na atividade "gol de bicicleta", torcedores de quatro times de futebol do Rio tentam ganhar uma disputa de quem produz mais energia pedalando
Foto: Giuliander Carpes / Terra

Numa área de 12 mil m², são esperados 4 mil visitantes por dia - a entrada é franca - que vão ter contato com os temas de sustentabilidade e aquecer para a Rio+20 de forma descontraída. Há desde mostra de cinema, passando por seminários até atividades lúdicas como imersão em ambientes climáticos do planeta em simulações de situações extremas como degelo, queimada e inundação.

"É um museu de ciências a céu aberto. São temas que as crianças já vêm trabalhando na escola e esse evento ajuda a reforçar esse trabalho com essas simulações mais práticas", diz a professora Marcia Gentile, da Escola A Chave do Tamanho, no Recreio dos Bandeirantes. Ela levou alunos da 4ª a 9ª série do Ensino Fundamental. "Estou indicando para que eles voltem aqui com os pais no final de semana para que possam multiplicar esse conhecimento que está sendo passado aqui."

Marcos Didonet, organizador do evento - que se estende até a próxima quinta-feira, 7 de junho -, afirma que investiu R$ 3,9 milhões no festival de sustentabilidade, além da ajuda de 40 parceiros. "A ideia é fazer o grande público prestar atenção à Rio+20. Sustentabilidade é um conceito amplo e as pessoas acham que não é com elas. Pretendemos fazer a conexão com a vida delas", afirma.

Uma das grandes atrações do evento é que cada visitante pode calcular a sua emissão de carbono para chegar até a Quinta da Boa Vista. As quantidades surpreendem quem nunca havia tido conhecimento da poluição envolvida em atividades rotineiras. César Rodrigues Cabral foi de carro da Barra da Tijuca até o parque, localizado em São Cristóvão, centro do Rio. A quantidade de carbono emitido: 1,67 kg.

"Nossa, não tinha nem ideia de que emitia tanto carbono. Se eu produzi tudo isso de carro, imagina quem vem para o evento de avião", se perguntou após dar o seu nome a uma muda de Canela da Restinga, uma das 60 mil árvores que serão plantadas no Parque Natural Municipal de Grumari, área de reflorestamento da cidade. A resposta para César veio de uma das voluntárias do evento: quem viajou de avião de São Paulo até o Rio emitiu mais de 86 kg de carbono.

Segundo os organizadores do Green Nation Fest, uma árvore normal costuma neutralizar 200 kg durante todo o seu ciclo de vida. E com a ajuda de um dos patrocinadores, todos os visitantes terão o seu consumo neutralizado em outra floresta, o que garante emissão zero de carbono do evento.

Como se não bastasse, as escolas que participam do Green Nation Fest concorrem a uma bolsa de estudos da Universidade Estácio de Sá. Até o final do evento, elas disputam um quiz com equipes de 40 alunos. Foram elaboradas 200 questões e o time que tiver melhor performance leva a bolsa. Ainda serão oferecidos 40 cursos livres para os alunos participantes.

Fonte: Terra
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