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Anunciado centro em SP para criar motor movido a biodiesel

14 nov 2012 - 09h07
(atualizado às 12h12)
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A Peugeot Citroen e a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) anunciam a criação do Centro de Pesquisas em Engenharia, que vai trabalhar no desenvolvimento de motores a combustão movidos a biocombustíveis.

A instituição, que vai funcionar em São Paulo, terá apoio e investimentos por dez anos para desenvolver projetos de motores de combustão interna - adaptados ou desenvolvidos especificamente para rodar com combustível não fóssil - e estudar a sustentabilidade dos biocombustíveis.

O aporte financeiro previsto para o período de apoio é de até R$ 1,6 milhão por ano. Cada instituição parceria entra com 50%.

Entre as áreas de interesse para a pesquisa da nova instituição estão novas configurações de motores movidos a diferentes biocombustíveis, incluindo veículos híbridos, redução de consumo e de emissões de gases,a avaliação dos impactos e a viabilidade econômica e ambiental de biocombustíveis.

"O acordo é extremamente interessante em várias vertentes, como pelos temas de que trata, por se tratar de uma cooperação entre uma empresa e uma instituição de fomento à pesquisa, e também porque lida com grandes preocupações da Fapesp, como a de estimular a inovação tecnológica", afirma o presidente da Fapesp, Celso Lafer.

Para o diretor-científico da Fapesp, Carlos Henrique de Brito Cruz, a parceria com a montadora deve estimular pesquisadores do Estado, uma vez que o projeto do centro já conta com um cofinanciador. "Será um centro focalizado na área e em temas relacionados a motores a explosão utilizando biocombustíveis", afirma.

Brito Cruz acredita que a parceria vai reforçar o Programa Fapesp de Pesquisa em Bioenergia (Bioen), que trabalha na are de aplicações dos biocombustíveis em motores automotivos.

O diretor de Pesquisa, Desenvolvimento e Estilo da PSA Peugeot Citroën na América Latina, François Sigot, diz que o centro vai permitir a criação de motores movidos a biocombustíveis, e não somente adaptar os motores movidos a gasolina, como vinha sendo feito pelas montadoras no país nos últimos anos.

"Esperamos com esse acordo de cooperação científica e tecnológica irmos mais longe em termos de otimização dos motores para biocombustíveis, porque basicamente o que vínhamos fazendo era adaptar os motores desenvolvidos na Europa e nos Estados Unidos para os biocombustíveis no Brasil", diz Sigot em reportagem à Agência Fapesp.

"Fizemos algumas umas descobertas e vimos que há um caminho não explorado para não só adaptar motores, mas para fazer a concepção e criação de motores novos movidos a biocombustíveis. Mas, para fazer isso, precisamos entender mais sobre combustão dos biocombustíveis, a interação deles com os componentes do motor e uma série de outras questões", explica.

Segundo Sigot, as pesquisas realizadas no âmbito do acordo vão permitir desenvolver motores que emitam menos poluentes, de modo a atender as regulamentações sobre redução de emissões de poluentes provenientes de automóveis que vêm sendo estabelecidas em diversos países.

"A corrida para redução das emissões de poluentes pelos veículos automotivos já foi lançada, e os clientes estão pedindo mais rendimento dos automóveis, com menos emissões. O acordo nos permitirá realizar pesquisas nessa linha que não conseguiríamos fazer sozinhos", avalia Sigot.

Fonte: DiárioNet DiárioNet
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