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Brasileiros estudam sensores que detectam gases poluentes

24 out 2012 - 09h13
(atualizado às 10h18)
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Parceria entre pesquisadores brasileiros e norte-americanos busca o desenvolvimento de sensores capazes de detectar gases poluentes na atmosfera. Os semicondutores óxido de cobre e óxido de estanho mostram ter alta sensibilidade e seletividade e se mostram promissores no desenvolvimento de sensores nanométricos para monitoramento ambiental.

O projeto Avanços em óxidos Semicondutores Nanoestruturados para Sensores de gás é resultado de parceria entre a Fundação de Amaparo à Pesquisa do Estado de São Paulo e o Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), em Cambridge, nos Estados Unidos.

A pesquisa é coordenada pelo norte-americano Harry Tuller, do Departamento de Ciências de Materiais e Engenharia do MIT, e pelo brasileiro José Arana Varela, professor da Universidade Estadual Paulista (Unesp) e diretor-presidente do Conselho Técnico-Administrativo da Fapesp.

"Além da escala nanométrica (bilionésima parte do metro), que confere mais sensibilidade ao semicondutor, outros fatores também são importantes para a definição desses materiais", explica Varela à Agência Fapesp.

O pesquisador conta que testes feitos no MIT mostraram que diferentes formas de estruturação de partículas dos semicondutores podem levar a grandes mudanças na condutividade elétrica e, portanto, alterar a resposta dos materiais em contato com os gases. "Nosso próximo passo é explicar por que a morfologia é tão relevante nesse processo", diz.

No MIT, a equipe de Tuller tem grande experiência com nanossensores, habilidade para caracterizar os materiais e conta com um sistema muito bem controlado para analisar até oito amostras ao mesmo tempo.

"Sinergia é a palavra-chave para descrever nossa colaboração", afirma Tuller. "As interações pessoais e a capacidade de transferência mútua de competências específicas entre os dois grupos permitiu, em curto espaço de tempo, avanços reais em relação ao tipo de materiais desenvolvidos e interpretação de fenômenos, o que abriu novos caminhos para a pesquisa", completa.

Fonte: DiárioNet DiárioNet
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