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OGX nega ter sido favorecida pelo governo no pré-sal

9 fev 2012 - 10h26
(atualizado às 14h17)
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A OGX, companhia brasileira do setor de petróleo e gás natural, nega ter sido favorecida no processo de aquisição de blocos de exploração de petróleo na região do pré-sal em 2007.

O diretor do Instituto de Eletrotécnica e Energia da Universidade de São Paulo Ildo Sauer, que de 2003 a 2007 foi diretor de Gás e Energia da Petrobras e participou das decisões que levaram à descoberta do pré-sal, disse no programa Sustentabilidade (clique aqui para ver o programa na íntegra) que com a descoberta do pré-sal, o governo chegou a anunciar que suspenderia os leilões, voltando atrás logo em seguida.


Sauer lembrou, que paralelamente, Eike fazia um movimento para montar sua empresa, tendo como consultores os ex-ministros José Dirceu, Pedro Malan, Rodolpho Tourinho. E, esse movimento, incluía a transferência do diretor de exploração da Petrobras e de 15 técnicos da área para sua nova empresa.


Sobre a afirmação de Sauer de que Pedro Malan teria atuado como consultor de Eike Batista na montagem da empresa OGX, o ex-ministro Malan afirma: "No que diz respeito ao uso de meu nome, o sr. Ildo Sauer está mal informado, ou movido por propósito que desconheço. As duas referências ao meu nome que aparecem no texto a que tive acesso, são simplesmente inverídicas. E desafio o sr. Ildo Sauer a provar o contrario."

Segundo o professor da USP, a OGX arrematou blocos no pré-sal por R$ 1,5 bilhão e, em seguida, negociou 38% do ativo de sua empresa, "equipe proveniente da Petrobras e blocos", por R$ 6,7 bilhões.


Confira a seguir a íntegra da nota da OGX enviada ao Sustentabilidade pela assessoria da empresa:


A OGX, empresa brasileira do setor de petróleo e gás natural pertencente ao Grupo EBX, repudia toda e qualquer insinuação de que tenha sido favorecida no processo de aquisição de suas concessões na 9ª Rodada de Licitações da ANP, ocorrida no final em 2007.


Tal tipo de maledicência denota total desconhecimento da legislação que rege o setor petrolífero no Brasil.


No leilão da 9ª Rodada, aberto e transparente, do qual os blocos do pré-sal foram retirados por decisão do CNPE, a empresa adquiriu os direitos de exploração em 21 blocos marítimos, tendo posteriormente adquirido outros 14 por meio de negociações, diretas, com empresas do setor.


A verdade é que nunca, na história do País, uma empresa privada ousou assumir tantos riscos na indústria do petróleo como a OGX.


Não passa de leviana, portanto, a alusão de que a empresa teria tido acesso a informações privilegiadas, já que todos os dados referentes aos blocos ofertados no leilão foram tornados públicos pela ANP na ocasião, garantindo isonomia no acesso às informações técnicas a todas as empresas interessadas.


Vale acrescentar, finalmente, que não houve qualquer espécie de articulação institucional ou política de ex-ministros de qualquer governo na aquisição desses blocos. Os ministros mencionados - particularmente Pedro Malan e Rodolpho Tourinho - não eram consultores e não tinham qualquer outra espécie de relação com a OGX quando da sua criação e participação na 9ª Rodada de Licitações da ANP, tendo sido eleitos para o Conselho de Administração da OGX muito tempo depois, mais especificamente em maio de 2008.


Fonte: DiárioNet DiárioNet
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