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Operações Empresariais

Empresas júnior reais treinam universitários para o mercado

11 jan 2013 - 07h30
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Colocar em prática o que se viu em sala de aula é um dos maiores desejos dos universitários. Mais do que saber na teoria, eles querem atuar na profissão que escolheram - se possível, dando os primeiros passos antes mesmo de receber o diploma. Essa já é uma realidade em instituições brasileiras, que sob coordenação de professores especialistas em Administração e Comércio Exterior, abrem espaço para que os futuros graduados executem ações de importação, exportação, marketing, contabilidade e planejamento estratégico.

Universidade Metodista de São Paulo criou a Empresa Júnior em 2008
Universidade Metodista de São Paulo criou a Empresa Júnior em 2008
Foto: Universidade Metodista de São Paulo / Divulgação


A Universidade do Vale do Itajaí (Univali) criou em 1994 a Trade Junior - Assessoria e Consultoria em Comércio Exterior. Hoje, 35 alunos se dividem entre os turnos da manhã e da tarde, com carga horária de quatro horas. Coordenada pela professora Patrícia Duarte Peixoto Morella, a empresa é dividida em quatro departamentos: cliente interno, que atende a Univali e outras instituições de pesquisa ou ensino; cliente externo, que cuida dos processos de importação e exportação de pessoas físicas e jurídicas; marketing internacional, responsável pela análise e prospecção de mercados internacionais para empresas que atuam ou desejam atuar no mercado globalizado; e comercial, que promove os serviços prestados pela empresa e busca novos clientes. "Quando alguém pensa em uma empresa júnior, normalmente acha que ela é fictícia, que faz estudos. Mas nós prestamos serviços de forma real. Nossos alunos trabalham para empresas reais, têm reuniões, executam tarefas com o professor", diz Patrícia.



Justamente por ser uma organização ligada à universidade, a Trade Junior cobra apenas um valor simbólico por seus serviços. "Atendemos pessoas físicas e jurídicas que precisem de um serviço de importação, exportação, pesquisa de mercado internacional, despacho de bagagem desacompanhada...", aponta a coordenadora. Projeto semelhante é executado no campus Rudge Ramos da Universidade Metodista de São Paulo, em São Bernardo do Campo. Dentro da Central de Agência em Gestão (CAGE), funciona a Empresa Júnior, onde alunos de 2º a 8º semestre desenvolvem projetos e prestam assessoria para micro e pequenas empresas. "Ajudamos organizações apontando o que está correto e o que pode ser melhorado, auxiliando em contabilidade, plano de negócios e marketing", explica o coordenador Jeferson dos Santos. Atualmente, a equipe passa por um período de transição, já que alguns alunos se graduaram. "Hoje estamos desenvolvendo uma pesquisa de mercado para que uma empresa de móveis da região se torne exportadora. Conforme as necessidades dos clientes, chamamos especialistas do corpo docente para prestar auxílio aos alunos. Mas a ideia é que eles executem todo o trabalho", acrescenta. As equipes se formam de acordo com a demanda.



Nas duas universidades, a maioria dos alunos trabalha voluntariamente. No caso da Univali, quem ocupa cargos mais altos, como o de gerente, recebe bolsa de estudos. Mas, segundo os professores, a remuneração não é o mais importante. "O aluno que trabalha aqui é diferenciado. Ele vê que a experiência que adquire agora vai ser essencial mais para frente. Quem tem a capacidade de aprender com a supervisão do professor e se desenvolve mais", afirma Santos. Patrícia também exalta o trabalho das iniciativas. "Quem passa por aqui consegue acompanhar as diversas etapas de operações envolvendo o comércio exterior. Prestamos assessoria desde o início, até o produto chegar ao seu destino final, tanto em importação, quanto em exportação. O aluno leva essa experiência", destaca.

Cartola - Agência de Conteúdo - Especial para o Terra Cartola - Agência de Conteúdo - Especial para o Terra
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