PUBLICIDADE

Índice Big Mac mostra o poder de compra da moeda de um país

31 ago 2012 - 07h58
Compartilhar

Dois hambúrgueres, alface, queijo, molho especial... E um sanduíche capaz de mostrar o quão valorizada está a moeda de um país. É o Big Mac, carro-chefe da rede de restaurantes fast-food McDonald's, que sai de lojas em várias partes do mundo para se transformar na ferramenta principal de uma pesquisa da revista The Economist.

Presente em mais de 120 países, Big Mac foi escolhido para representar as tradicionais cestas de produtos de outros índices
Presente em mais de 120 países, Big Mac foi escolhido para representar as tradicionais cestas de produtos de outros índices
Foto: Reprodução


No estudo mais recente realizado pela publicação, o Brasil aparece em quarto lugar na lista do Big Mac mais caro do mundo, atrás apenas de Venezuela, Noruega e Suíça. Por aqui, é possível comprar um sanduíche por US$ 4,91, o equivalente a R$ 9,90. O valor está acima do preço pago nos Estados Unidos, de US$ 3,73 (R$ 7,52). A partir disso, de acordo com a publicação, pode-se compreender que o real está 14% valorizado em relação ao dólar. Comparando os preços mais tradicional sanduíche do McDonald's, a The Economist se propõe a mensurar a sobrevalorização ou a subvalorização de moedas de diversos países. Para isso, o Índice Big Mac leva em conta a paridade de compra.

"É quase impossível saber se a moeda de um país está ou não valorizada, mas a revista é capaz de capturar alguns efeitos da taxa de câmbio por meio do preço do sanduíche. Como ele está no mundo inteiro, fica mais fácil compreender o quanto o consumidor de cada país pode comprar", explica o presidente da Ordem dos Economistas do Brasil (OEB), Manuel Enriquez Garcia. A principal diferença entre o índice proposto pela publicação é que, ao contrário dos cálculos tradicionais, que levam em conta uma cesta com vários produtos, nesse caso, apenas é considerado o valor gasto na compra de um Big Mac - que, vendido no mundo inteiro, torna-se uma alternativa.

Na edição de 2012 da pesquisa, a América Latina aparece com a moeda mais valorizada do mundo. "O bolívar forte, da Venezuela, está 83% valorizado em relação ao dólar. O Brasil, enquanto isso, tem uma moeda 14% valorizada", diz. O economista garante, no entanto, que essa valorização nem sempre mostra a situação real do mercado. "No caso da Venezuela, por exemplo, o governo controla o câmbio com bastante rigidez, o que acaba alterando o mercado", diz o Garcia, que também é professor da Faculdade de Economia e Administração da Universidade de São Paulo (FEA-USP). Se o Big Mac venezuelano é o mais caro do mundo, cada um sai por US$ 7,92 (R$ 15,97), são os asiáticos que têm acesso ao sanduíche mais barato: em Hong Kong, é possível comprar um Big Mac por apenas US$ 2,13.

Cartola - Agência de Conteúdo - Especial para o Terra Cartola - Agência de Conteúdo - Especial para o Terra
Compartilhar
Publicidade