PUBLICIDADE

Saiba as vantagens da poupança em relação a outros investimentos

Compartilhar
Mônica Pestana
Direto de São Paulo

Entre as diversas formas de investimento, a caderneta de poupança é a mais antiga do País e considerada a de menor risco pelos economistas. Recomendada para poupadores com um perfil conservador, as contas de poupanças rendem o mesmo em qualquer banco e sua taxa de retorno é fixa, de 0,5% ao mês mais a Taxa Referencial (TR), que é calculada diariamente pelo governo.

A poupança é uma das maneiras mais simples para investir
A poupança é uma das maneiras mais simples para investir
Foto: Getty Images

A atratividade do investimento tem apresentado queda nos últimos anos. Em 2010, por exemplo, o rendimento da poupança foi o mais baixo desde 1967, quando o poupador obteve ganho de 6,9%, de acordo com a consultoria Economatica.

Segundo economistas, mesmo a poupança sendo um investimento considerado seguro, as sucessivas baixas de rendimento podem torná-la menos interessante e fazer com que investidores migrem para outras modalidades como os títulos públicos, os CDBs ou ações.

"A poupança é um produto de massa e uma mudança de investimento não é algo simples para o pequeno poupador, que precisa de uma segurança que pode tirar o dinheiro a qualquer momento", diz o professor de economia da Faculdade Rio Branco Carlos Eduardo Stempniewski.

Um fator que reforça a ideia de investimento seguro da poupança é garantia do Fundo Garantidor de Crédito (FGC) até o valor de R$ 60 mil. Ou seja, caso o banco onde o investidor tem sua poupança quebre, o FGC garante a devolução de até R$ 60 mil.

Sobre o valor dos ganhos não são cobrados impostos, fator que torna o investimento atraente. "Há o incentivo em relação à isenção no Imposto de Renda (IR) e não há taxas administrativas, o que são pontos positivos da poupança", analisa Stempniewski. "Os fundos de renda fixa, as ações ou outros investimentos costumam cobrar taxas administrativas anuais".

Para quem pretende começar a investir e não tem muita disciplina com as finanças, a poupança é uma opção para iniciar e ir aos poucos diversificando a carteira com aplicações que tenham maior rentabilidade. Investimentos agressivos, segundo especialistas, exigem um maior valor como investimento inicial. A aplicação inicial da poupança varia de acordo com os bancos. A Caixa Econômica Ferderal, por exemplo, não estipula um valor mínimo de aplicação.

Outras aplicações consideradas de baixo risco - como Certificado de Depósito Bancário (CDB) e Recibos de Depósito Bancário (RDB) - são títulos de renda fixa que podem render mais do que a poupança, com uma rentabilidade que pode ser pré ou pós-fixada (prefixadas têm taxas de juros e o pós-fixado está atrelada à TR acrescida taxa de juros). Mas, são cobradas taxas administrativas e há descontos do Imposto de Renda (IR).

Os Títulos Públicos (Tesouro Direto) também podem render mais do que a poupança. Há diferentes tipos de títulos do governo e cada um tem uma rentabilidade; alguns chegam a 12% ao ano. Contudo, esse investimento requer conhecimentos de internet, pois é feito somente online, e o investidor tem que pesquisar sobre o assunto, explica o professor da Fundação Getulio Vargas (FGV) Armando Castelar Pinheiro.

Para Pinheiro, a diferença da aplicação em poupança - além do baixo risco e da facilidade de poder retirar o dinheiro a qualquer momento (liquidez) - é simplicidade do seu funcionamento. "É uma aplicação que você coloca o dinheiro e esquece. É um investimento com comodidade, pois não exige um acompanhamento rigoroso do mercado, como em outras operações", explica.

Um levantamento da Caixa Econômica Federal mostra que os jovens com idade entre 25 e 40 anos são os principais aplicadores em poupança (55,13% do total de clientes da Caixa). Segundo o banco, a maior parte das contas estão nas regiões Sudeste e Nordeste do País, chegando a 69,54% do total das contas ativas.

"O perfil de quem procura a poupança é de um investidor conservador e que prefere não arriscar", afirma o professor de finanças da Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis, Atuariais e Financeiras (Fipecafi) Mário Amigo. "O grande atrativo é a isenção de taxas e impostos, mas, para aquele investidor que se interessa e tem dinheiro para investir, existem outras opções mais interessantes e que rendem mais".

Fonte: Terra
Compartilhar
TAGS
Publicidade