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Construção civil tem os piores índices em quase dois anos

18 dez 2012 - 19h20
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Um dos setores mais prósperos da economia brasileira apresentou desempenho abaixo do esperado pelo sétimo mês consecutivo em 2012. O índice registrado é o segundo menor desde o fim de 2009, revela a Sondagem Indústria da Construção referente ao mês de novembro, que acaba de ser divulgada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).

As atividades da construção civil sofreram forte desaceleração em 2012, ano em que o setor teve desempenho abaixo da média por sete meses consecutivos. É isso que mostra a Sondagem Indústria da Construção, divulgada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI)
As atividades da construção civil sofreram forte desaceleração em 2012, ano em que o setor teve desempenho abaixo da média por sete meses consecutivos. É isso que mostra a Sondagem Indústria da Construção, divulgada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI)
Foto: Shutterstock

O levantamento é uma sondagem de opinião empresarial realizada mensalmente pela CNI com representantes de construtoras para monitorar o desempenho do setor. A pesquisa mede o grau de otimismo dos empresários e o nível de atividade em diferentes segmentos da indústria, como construção de edifícios, obras de infraestrutura e serviços especializados.

Para cada item é atribuído um índice de zero a cem. Quando o número fica acima de 50 quer dizer que os agentes do mercado estão otimistas e que o desempenho do segmento foi positivo. "Notas" abaixo de 50 indicam performance insatisfatória e são indícios de desaceleração. Em novembro o índice geral ficou em 46,3 pontos. É o sétimo mês consecutivo em que o resultado global da pesquisa fica abaixo dos 50 pontos.

Para Danilo Garcia, economista da CNI, o mau desempenho do setor se deve à desaceleração da economia, que teve impacto direto nas atividades da construção civil.

"O ano de 2010 foi muito forte para construção, com crescimento acima do convencional. Em 2011 houve certo crescimento no início do ano, mas agora o setor está se adaptando ao novo cenário, que apresenta um crescimento mais brando. É hora de ajustar a oferta e a demanda", diz o economista.

Segundo Garcia, todos os segmentos medidos estão abalados neste ano, com uma exceção: de acordo com a sondagem, o otimismo dos empresários continua positivo para os próximos seis meses. Mesmo assim, o índice que mede a expectativa dos empreendedores é menor que no início do ano.

Elaborada pela CNI em parceria com a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), a Sondagem Indústria da Construção de novembro foi realizada entre 3 e 13 de dezembro, e ouviu representantes de 455 empresas, das quais 146 de pequeno porte, 198 médias e 111 grandes.

Fonte: PrimaPagina
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