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Beneficiada com pacote, construção está melhor que indústria

5 dez 2012 - 14h48
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A indústria da construção civil, beneficiada por pacote bilionário de redução de impostos divulgado na terça-feira pelo governo federal, tem desempenho melhor que a indústria como um todo há 18 meses consecutivos. De janeiro a outubro de 2012, por exemplo, a produção de insumos para a construção civil acumula alta de 2,31% e a indústria geral, retração de 2,9%.

Nos primeiros dez meses de 2012, a produção da indústria de insumos para construção civil acumula alta de 2,31%; a da indústria geral, retração de 2,9%
Nos primeiros dez meses de 2012, a produção da indústria de insumos para construção civil acumula alta de 2,31%; a da indústria geral, retração de 2,9%
Foto: Eugene Sergeev / Shutterstock


Os dados estão numa pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) publicada também na terça-feira. De acordo com o instituto, na comparação com os mesmos meses de 2011, a indústria recuou em todos os meses este ano, com exceção de outubro (aumento de 2,26%).



Na construção, o cenário é melhor. Em outubro, sua produção cresceu mais (3,55%). No ano, registrou até o mês retrasado apenas duas quedas: em junho (-2,06%) e setembro (-3,27%). Mesmo nesses momentos, porém, o desempenho foi superior ao da indústria geral (declínios de 5,59% e 3,63%, respectivamente).



A última vez em que a construção saiu-se pior foi em abril de 2011. Na ocasião, recuou 1,88%, pouco a mais que a indústria geral (-1,7%). Antes disso, a indústria geral havia tido desempenho melhor que a construção entre outubro de 2009 e março de 2010.



Pacote

A decisão do Ministério da Fazenda de reduzir encargos para a construção civil levou em conta o fato de o setor ser responsável por quase metade (41%) dos investimentos no Brasil. O objetivo é estimular a economia, que tem apresentado desempenho mais fraco do que o previsto pelo mercado e pelo próprio governo, reduzir custos de novas construções e manter aquecida a demanda por mão de obra.



O pacote traz benefícios que podem chegar a R$ 3,36 bilhões. Inclui isenção de INSS (em vez de pagar 20% sobre a folha de pagamento, o setor vai arcar com 2% sobre o faturamento), redução de um conjunto de tributos, ampliação do leque de empreendimentos considerados de interesse social (que recebem descontos tributários) e oferta de linhas de empréstimo (capital de giro) pela Caixa Econômica Federal.

Fonte: PrimaPagina
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