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Pré-sal estimula demanda imobiliária em Macaé

2 nov 2012 - 07h10
(atualizado às 07h35)
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A perspectiva de aumento da exploração de petróleo tem impulsionado a procura por imóveis na cidade de Macaé, no sudeste do Rio de Janeiro. Base das operações da Petrobras na Bacia de Campos (de onde sai mais de 80% da produção petrolífera do Brasil), o município é beneficiado desde a década de 70 pelos royalties pagos pela estatal, mas vive novo boom com os projetos de prospecção na camada pré-sal. Profissionais especializados, inclusive estrangeiros, não param de chegar em busca de moradia.

O valor do metro quadrado na zona urbana varia entre R$ 4.500 e R$ 12 mil, segundo o Creci-RJ. Na área industrial, fica em torno de R$ 600
O valor do metro quadrado na zona urbana varia entre R$ 4.500 e R$ 12 mil, segundo o Creci-RJ. Na área industrial, fica em torno de R$ 600
Foto: Divulgação

"O valor do metro quadrado na área residencial está entre R$ 4.500 e R$ 12 mil, e, na área industrial, entre R$ 500 e R$ 600. Vem gente morar sozinha ou com toda família", conta Walcir Florentino Loureiro, delegado do Conselho Regional de Corretores de Imóveis no estado (Creci-RJ).

O município passa por uma valorização ainda mais intensa que o restante do Brasil, segundo Loureiro. "Todo país está sentindo o aumento pela procura de imóveis, mas o cenário atípico da região de Macaé ajuda a aumentar essa demanda", concorda Júlio Caldas, proprietário da imobiliária que leva seu nome.

Para Luiz Fernando Pinto Villela, gestor executivo comercial da construtora MRV na regional de Macaé, empresa que mais tem empreendimentos na cidade, o potencial ainda é muito grande. "Nosso primeiro empreendimento foi lançado em 2008. Hoje, temos mais sete lançamentos, além das 1.800 unidades habitacionais previstas para o 1º semestre de 2013. Acreditamos muito no presente e, principalmente, no futuro da cidade."

Crescimento não acelera serviços públicos básicos

Apesar de Macaé receber muitos recursos do petróleo, o forte crescimento econômico e populacional das últimas décadas não foi acompanhado, no mesmo ritmo, por melhorias na infraestrutura de serviços públicos como saneamento básico, educação, transporte e saúde.

A porcentagem de domicílios que não estão ligados à rede de esgoto, por exemplo, é de 32%, segundo o Censo de 2010. No Rio de Janeiro como um todo, a situação é melhor (23%).

"A vinda de migrantes e imigrantes aumenta a demanda de serviços públicos, que não conseguem acompanhar o progresso por conta da burocracia. Já o sistema privado anda mais rápido", comenta Loureiro.

Segundo estimativa divulgada pelo IBGE em julho deste ano, Macaé tinha 218 mil habitantes - 11 mil a mais do que há dois anos.

Fonte: PrimaPagina
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