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Geithner: China não pode resistir à pressão por alta do iuan

11 nov 2010 - 09h33
(atualizado às 09h51)
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A China não pode continuar resistindo à pressão para cima do mercado sobre o iuan sem enfrentar inflação maior e alta dos custos de ativos, disse o secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Timothy Geithner, nesta quinta-feira.

Presidente sul-coreano Lee Myung-bak recebe Lula e Dilma em Seul
Presidente sul-coreano Lee Myung-bak recebe Lula e Dilma em Seul
Foto: AP

Em entrevista à emissora CNBC, Geithner acrescentou acreditar que houve progresso na questão da moeda chinesa e que as autoridades em Pequim acham que é importante deixar o processo de apreciação continuar.

"Se você resistir a essas forças do mercado, que são apenas um reflexo da confiança de que você vai ter um forte crescimento econômico e produtividade na China, essa pressão não vai embora", disse Geithner. "Vai apenas terminar em inflação mais alta ou preços de ativos mais altos, e isso é ruim para a China", afirmou.

Países ricos também são vitais para recuperação mundial

O secretário do Tesouro dos Estados Unidos também disse que um crescimento baixo das grandes economias mundiais é a principal ameaça para a recuperação mundial, que não pode depender apenas do crescimento das economias emergentes.

Uma recuperação completa da crise financeira global não pode ser alcançada apenas com o crescimento das economias emergentes, afirmou Geithner, em uma coluna conjunta publicada no Wall Street Journal com o ministro australiano da Economia, Wayne Swan, e seu colega de Cingapura, Tharman Shanmugaratnam.

"O principal risco para o mundo não é a inflação nas economias avançadas, onde as expectativas de inflação são estáveis e de níveis relativamente baixos. O principal risco é que as economias avançadas não alcancem o crescimento que deveriam", afirmam os três dirigentes.

"As economias emergentes, apesar de crescerem rapidamente, de forma coletiva representam apenas um terço do Produto Interno Bruto (PIB) global, e o crescimento para todo o mundo ainda não é suficiente", acrescentaram.

A nota foi publicada nesta quinta-feira, horas antes do início em Seul da cúpula do G20 países desenvolvidos e emergentes, que conjuntamente respondem a 90% da economia mundial.

Os países devem trabalhar juntos para conjurar esta "recuperação de duas vias" - com crescimento lento nas nações desenvolvidas e rápido nos países emergentes-, e desenvolver "um novo marco de trabalho para cooperar para permitir taxas de câmbio que reflitam os fundamentos econômicos e apoiem as reformas de que necessitam", assinalam os ministros.

Com informações da Reuters

AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
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