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Antes do G20, Lula diz que ricos têm de aprender com Brasil

10 nov 2010 - 10h59
(atualizado às 11h05)
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Às vésperas de sua viagem à Coreia do Sul para participar da reunião do G20, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse na noite de terça-feira que os países ricos podem aprender com as medidas adotadas pelo Brasil para sair da crise financeira global.

Presidente Lula foi retratado em protesto contra a reunião do G20
Presidente Lula foi retratado em protesto contra a reunião do G20
Foto: Getty Images

"Como os países ricos habitualmente tentavam dar lições ao Brasil de como a gente fazer, seria importante que, humildemente, agora eles fossem aprender o que nós fazemos para que eles pudessem fazer políticas iguais", disse Lula após participar de jantar oferecido pelo presidente de Moçambique, Armando Guebuza, em Maputo.

Lula afirmou que, quando ocorriam crises econômicas no Brasi e em outros países pobres ou em desenvolvimento, sempre havia alguém do mundo desenvolvido para "dar palpite". Segundo o presidente, no entanto, com a crise econômica iniciada em 2008 nos países riscos "ninguém deu palpite".

"Eu estou dando o palpite. Façam como se fez no Brasil que a coisa fica mais fácil", defendeu o presidente, segundo o site da Presidência da República. Lula disse que a solução da crise financeira passa pelo aumento do comércio entre os países e pela elevação do consumo e da produção.

Ele voltou a criticar China e Estados Unidos por estarem com suas moedas desvalorizadas, o que aumenta a competitividade desses países. "É preciso que o câmbio seja flutuante, mas que haja um equilíbrio entre as políticas cambiais". disse.

Questionado sobre se pretendia se reunir com o presidente da França, Nicolas Sarkozy, para discutir a compra de 36 caças para a Força Aérea Brasileira, Lula disse que não acreditava que a agenda apertada permitiria tal encontro. "Essa coisa é tão importante que a gente não debate en passant", comentou. "Eu não sei se há tempo de discutir muitas coisas fora as questões econômicas."

O caça francês Rafale, fabricado pela Dassault, é apontado como favorito no chamado programa F-X2. O Gripen NG, da sueca Saab, e o F-18 Super Hornet, da norte-americana Boeing, também estão na disputa.

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