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Empresários questionam como ter lucro sem destruir floresta

26 mar 2010 - 17h42
(atualizado às 18h42)
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Arnoldo Santos
Direto de Manaus

Empresários participantes do Fórum Internacional de Sustentabilidade começaram o primeiro dia de debates mostrando ao que vieram: atrás de respostas objetivas e reais. Buscar lucro mantendo a floresta em pé é a grande questão que se sido feita aos palestrantes principais e integrantes de mesa.

Governador Eduardo Braga mostrou exemplos de desenvolvimento sustentável aos empresários
Governador Eduardo Braga mostrou exemplos de desenvolvimento sustentável aos empresários
Foto: Gustavo Scatena / Especial para Terra

O presidente da empresa de plásticos Tetra Pak, Paulo Nigro, foi enfático em perguntar se há modelos na Amazônia que podem servir de exemplo como investimentos ambientais. O escritor e jornalista americano Mark London citou o projeto Juma, mantido pela Fundação Amazonas Sustentável, ligada ao governo do Estado do Amazonas. A resposta foi reforçada pelo governador do Estado, Eduardo Braga, como sendo uma experiência única de compensação econômica para comunitários que mantém a floresta intacta.

Outra questão coletiva pelos espectadores, entre eles o representante da Yamaha, foi se a produtividade da floresta tem poder para manter, ao mesmo tempo, investimentos e garantir a qualidade de vida das pessoas que vivem nela.

Em resposta, Braga citou o crescimento da valorização de alguns produtos regionais, fruto, segundo ele, da política de desenvolvimento econômico. A borracha, por exemplo, passou de 80 toneladas produzidas por ano para o patamar de 1 mil toneladas/ano. O processo resultou na vinda de uma empresa de pneus que vai comprar a borracha retirada das plantações naturais que já existem, em grande maioria, ao longo do rio Madeira.

Em termos de adesão mundial, London afirmou que é possível a ajuda dos outros países para investimentos na Amazônia em forma de um fundo mundial. "Eu sempre disse que os EUA, por exemplo, estariam dispostos a pagar para implementar a tecnologia em outros países que garantam a preservação da floresta. Mas precisamos de uma iniciativa global para que todos ajudem. E eu acredito nisso", afirmou.

Fonte: Especial para Terra
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