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Amazônia pode ser extinta em 10 anos, alerta cientista

26 mar 2010 - 13h59
(atualizado às 17h19)
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Cláudia Andrade
Direto de Manaus

O cientista e ecólogo norte-americano, pioneiro na pesquisa da Amazônia, Thomas Lovejoy, disse nesta sexta-feira que algumas regiões da floresta amazônica podem desaparecer em pouco tempo. Ao comentar um estudo do Banco Mundial apresentado ontem, no Peru, o pesquisador afirmou que o "ponto de não-retorno está perto".

"(O processo de extinção) pode iniciar bem logo, nos próximos dez anos. Mas não é a Amazônia inteira, o Leste e o Sul são as áreas mais afetadas", disse Lovejoy, diretor do The H. John Heinz III Center for Science, Economics and the Enrironment.

O estudo abrange toda a região da floresta amazônica, não apenas a brasileira. O relatório adverte para a transformação de áreas da floresta em grandes extensões de savana, com impacto nas nações latino-americanas e caribenhas.

Para o cientista, que chefiou o comitê assessor do levantamento, ainda é possível diminuir o estrago. "O estudo indica que o ponto de retorno está perto. Mas é possível ampliar a margem de segurança com reflorestamento. Tem que haver uma política de reflorestamentos".

As afirmações foram feitas aos jornalistas depois da palestra de Lovejoy no Fórum Internacional de Sustentabilidade, que está sendo realizado até amanhã em Manaus, com a presença de cerca de 300 líderes empresariais.

O cientista norte-americano falou sobre "A importância da Amazônia no contexto das mudanças climáticas globais". Lovejoy destacou a importância da presença "de tantos representantes do setor privado" no evento e defendeu "parcerias com o setor privado, incentivos e programas de educação e saúde" como a combinação certa para sustentabilidade.

Cientista norte-americano diz que é preciso esforço entre governos e setor privado
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Foto: Gustavo Scatena / Especial para Terra
Fonte: Terra
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