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Além de teorias, governador do Amazonas mostra resultado

25 mar 2010 - 10h59
(atualizado às 12h13)
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Arnoldo Santos
Direto de Manaus

O Fórum Internacional de Sustentabilidade, que acontece nos dias 26 e 27 de março, em Manaus, vai reunir autoridades reconhecidas no mundo todo, como o ex-vice-presidente dos Estados e Unidos e prêmio Nobel da Paz, Al Gore, o cientista ambiental Tohmas Lovejoy, e o premiadíssimo cineasta, James Cameron. Entre eles, representando o Brasil, o governador do Amazonas, Eduardo Braga.

Eduardo Braga, governador do Amazonas, defende os países que preservam suas florestas
Eduardo Braga, governador do Amazonas, defende os países que preservam suas florestas
Foto: Divulgação

Enquanto Al Gore e o cientista Tohmas Lovejoy vem com teorias, dados de instituições de pesquisa e recados para os governantes e empresários, e James Cameron mostra a força que um produto de mídia de massa (o filme Avatar) tem para divulgar idéias ambientalistas, o governador Eduardo Braga mostra as idéias na prática e expõe o que podemos chamar de experiências de sucesso.

Eduardo Braga, paraense de nascença, mas político no Amazonas há 24 anos, possui três mandatos de governador do estado, um de vereador e um de deputado estadual, e alia conceitos e teorias científicas com resultados práticos de governo e testemunho de vivência na Amazônia.

Hoje, ele é chamado para todos os eventos que envolvem a maior floresta do Mundo e leva na bagagem trunfos políticos consideráveis que permeiam o seu discurso. O índice de preservação florestal, que gira em torno de 98%; os mecanismos legais que foram criados para solidificar a política ambiental, como a lei de mudanças climáticas; e, a criação do programa Bolsa Floresta, são alguns desses trunfos. "O Bolsa Floresta é o único instrumento hoje disponível, seja no Brasil ou no Mundo, para fazer com que o recurso destinado à floresta chegue até aquele que vive na floresta", diz Eduardo Braga.

E os argumentos de Eduardo Braga parecem estar dando certo, pois suas iniciativas vêm obtendo apoio nacional e internacional. Três desses projetos são: o financiamento do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), de US$ 140 milhões, para urbanizar e sanear os principais igarapés que cortam a capital amazonense; a construção do gasoduto ligando Coari-Manaus, obra da Petrobras que deve mudar a matriz energética da maior cidade do Norte; e a eleição de Manaus como cidade sede para a Copa do Mundo de 2014.

Com tanto prestígio no mercado internacional, Eduardo Braga intensifica o discurso que de que os países que mantém suas florestas preservadas devem receber uma recompensa dos países mais ricos e, não por coincidência, os maiores poluidores. E o ingrediente humano dá um toque equilibrado ao discurso do governador amazonense, que nem pende para o lado essencialmente conservacionista dos ecos-chatos, nem adere aos desenvolvimentistas que acham que o desflorestamento é um dos preços do progresso.

"Não peça pra uma mãe salvar uma árvore se o filho dela está passando fome. Portanto a questão do desmatamento não é porque é mais inteligente ou mais burro. Você desmata porque precisa sobreviver e tem alguém pra comprar o desmatamento ilegal. Se nós dermos valor à floresta em pé. E dermos mecanismos que possam representar avanços econômicos e sociais, com respeito ambiental, à floresta vai sobreviver", argumenta Braga.

Fonte: Especial para Terra
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