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"Tenho impressão que Brasil está no início e os EUA, no fim"

13 abr 2010 - 19h40
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Fabiana Leal
Direto de Porto Alegre

O presidente da empresa aérea Azul, David Neeleman, disse que tem a impressão de que o "Brasil está no início e que os Estados Unidos estão no fim", referindo-se à economia dos dois países. Ele acredita que o setor aéreo no Brasil tende a crescer consideravelmente, que os aeroportos precisarão ser reformulados e que as empresas precisarão de mão de obra qualificada.

David Neeleman fala dos investimento que fez para abrir a Azul Linhas Aéreas no Brasil
David Neeleman fala dos investimento que fez para abrir a Azul Linhas Aéreas no Brasil
Foto: Raphael Falavigna / Redação Terra

"Se você tem um filho que gosta de aviação, pague para ele um curso, porque vamos precisar de muitos pilotos", disse o dono da Azul para o público presente no Fórum da Liberdade, que ocorre em Porto Alegre (RS).

Como entraves aos investimentos no Brasil, Neeleman citou o alto custo dos produtos. Segundo ele, algumas mercadorias são quatro vezes mais caras do que nos Estados Unidos. "São coisas que estão impedindo que o Brasil cresça ainda mais. Se as coisas são mais baratas, as pessoas compram mais", disse ele. "O grande milagre dos EUA é que quase todo mundo é consumidor", completou.

Natural de São Paulo, Neeleman foi para os Estados Unidos com a família quando tinha cinco anos. Fundou a JetBlue em agosto de 1998 e fez sua empresa crescer durante a maior crise da aviação norte-americana. Enquanto o setor acumulava perdas conjuntas de US$ 20 bilhões, a JetBlue conseguiu lucros operacionais cobrando as tarifas mais baixas dos Estados Unidos. Em 2008, Neeleman anunciou seus planos de lançar uma nova companhia aérea no Brasil. A primeira aeronave foi entregue em 11 de dezembro daquele ano. O primeiro voo foi de Campinas (SP) a Salvador (BA) e o segundo, de Campinas a Porto Alegre (RS).

Neeleman disse que uma das dificuldades enfrentadas no início do empreendimento no Brasil, foi ver que está ganhando menos dinheiro do que nos Estados Unidos e pagando mais pelas coisas. Ele também afirmou que a regulação do setor aéreo não contribui com os pequenos. Segundo o empresário, é necessário que se tenha mais visão sobre o setor no País. Ele acredita que em cinco anos muitas coisas poderão ser construídas no setor da aviação no Brasil.

Espanha

O economista do Banco da Espanha, Fernando Navarrete, também participou do painel "Investimento estrangeiro" e explicou a integração da Espanha à economia da União Europeia. Segundo ele, essa integração possibilitou a Espanha passar de país subdesenvolvido agrícola a desenvolvido industrial. Ele afirmou que a liberalização e a privatização, em 1996, fizeram com que empresas espanholas, como as de telefonia, emergissem.

Empresas

Tom Palmer, vice-presidente de Programas Internacionais do Cato Institute, tentou derrubar alguns mitos entre empresas estrangeiras e domésticas. Segundo ele, empresa é empresa e investimento é investimento. Ele afirmou que o déficit na balança comercial, devido a pouca exportação de um país, indica que ele está tendo um superávit de investimentos estrangeiros.

Palmer afirmou que o grande crescimento econômico da China é relativo, porque ainda há muitas desigualdades no país. O crescimento é atribuído à exportação, mas a China tem muitos produtos cujos componentes chegam do exterior. Então, para ele, é preciso mudar a percepção do "feito na China", para uma coisa que foi "idealizada na China".

Fonte: Redação Terra
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