É preciso inovar no jeito de inovar, diz consultor
Criar um canal de comunicação para pedir ideias para funcionários e para o público em geral é uma forma eficiente de inovar? Dar aos empregados tempo livre para que explorem novos caminhos é algo que traz resultados? Ninguém duvida que inovação é importante, mas conseguir a melhor forma de chegar a ela já é algo bem mais difícil. Esse é o tema do livro
(Editora Leya), do consultor e palestrante americano Stephen M. Shapiro.
Para o autor, está na hora de rever a forma de inovar para que esses processos se tornem mais eficazes e menos empíricos. "Esses modelos de inovação são antigos, ou seja, já não inovam tanto, não são mais tão eficientes e falham ao produzir resultados", afirma Stephen no livro. "Está na hora de você ser inovador a respeito da maneira como inova."
Confira abaixo algumas das dicas apresentadas por Stephen na obra:
1. Não é o mais forte que sobrevive, mas sim o mais adaptado
Segundo Stephen, não são as organizações mais ricas ou inteligentes que sobrevivem e, sim, as que se adaptam e evoluem em resposta às constantes mudanças do mercado. Acelerar esforços para inovar pode ocasionar uma corrida na direção errada. Estará à frente o empreendedor que entender o que precisa para melhorar o seu negócio e souber aproveitar seus pontos fortes.
2. Competir ou não competir, eis a questão
"Tanto a colaboração como a competição têm um papel importante no processo de inovação", diz Stephen. A partir da sua própria experiência, o autor defende, no entanto, que o modelo mais bem-sucedido, para ser aplicado entre os empregados é o da competição seguida pela colaboração.
3. Simplificar é a maior inovação
Segundo o autor, inovar não significa fazer tudo para todos, acrescentando o máximo de características e funções a um produto. "Analise por que as pessoas realmente estão usando seus produtos/serviços e as maneiras mais simples de lhes entregar o resultado desejado", aconselha.
4. Desenvolva, experimente, conserte
"Uma das maiores barreiras para o sucesso da inovação é a paralisia da análise", diz o Stephen. O ideal, segundo ele, é usar o modelo "desenvolva, experimente, conserte", pois ele fornecerá informações sobre o "mundo real", não sobre o "mundo das planilhas".
5. Contrate pessoas de quem você não gosta
"A pessoa de quem você menos gosta é aquela de quem mais precisa", afirma Stephen. Ter no time alguém que não pense como você, não goste do que você gosta e não ria de suas piadas é muito importante. Se você e sua equipe estão de acordo em tudo, vocês vão olhar para as coisas do mesmo ponto de vista.
6. O segredo está em fazer associações
Stephen diz que o "pensamento linear" é a essência da criatividade. O segredo, segundo ele, está em fazer associações, tornando-se um verdadeiro
"mestre em ligar os pontos".
7. Às vezes faz sentido não fazer sentido
As ideias mais criativas vêm de combinações fora do comum, afirma. Ele pontua que as possibilidades são infinitas e, apesar de algumas serem ruins, você pode encontrar uma boa que pode valer muito a pena.
8. Como evitar ser um sucesso de uma música só?
Para o escritor, o sucesso em longo prazo exige análise, pessoas, processos e tecnologia. Além disso, é preciso uma estratégia para decidir quando, onde e como a inovação será usada dentro da empresa.
9. Lições de Indiana Jones
O autor faz um paralelo entre o comportamento aventureiro do personagem e os empreendedores. Segundo ele, "o verdadeiro tesouro pode ser encontrado quando você sai do escritório, coloca seu chapéu de feltro (...) e estuda os clientes com seus próprios olhos".
10. O tempo é precioso
Diminuir os processos e colocar o foco dos funcionários no que realmente sabem fazer é a melhor alternativa para o tempo render. Segundo o autor, o segredo está em eliminar o desnecessário. "Concentre suas energias nos itens realmente valiosos", aconselha.
