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Embalagem "sustentável" é tendência; veja como se adequar

6 jun 2012 - 08h03
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A "onda verde" que toma conta do mundo não poderia deixar de lado as embalagens dos produtos industrializados - muitas vezes apontadas como vilãs da ecologia. Por conta disso, empresas de diversos segmentos têm procurado desenvolver soluções para diminuir seu impacto ambiental - e, de quebra, melhorar seu marketing junto aos consumidores.

As empresas têm se preocupado cada vez mais com o impacto ambiental das suas atividades. E um dos pontos é o uso de embalagens. Há desde a busca por alternativas ambientalmente mais corretas até o uso de símbolos técnicos nos rótulos
As empresas têm se preocupado cada vez mais com o impacto ambiental das suas atividades. E um dos pontos é o uso de embalagens. Há desde a busca por alternativas ambientalmente mais corretas até o uso de símbolos técnicos nos rótulos
Foto: Shutterstock / Especial para Terra


A Coca-Cola Brasil, por exemplo, lançou no ano passado a garrafa de água mineral Crystal Eco, que utiliza 20% menos plástico PET. As pequenas empresas, ainda que de forma mais lenta, também estão buscando alternativas para comercializar embalagens ambientalmente mais corretas.



Uma das formas de se fazer isso é aplicar uma simbologia técnica nos rótulos. Com isso, o consumidor saberá identificar rapidamente se aquela embalagem pode ser descartada de maneira seletiva e descobrir de que material ela é feita, o que o auxilia na hora da separação do lixo. Todas essas imagens estão disponíveis para download gratuito no site da Associação Brasileira de Embalagem (Abre).



"A movimentação das empresas tem sido no sentido da reciclagem. Definir qual material é mais sustentável demanda a avaliação de todo o ciclo de vida. Por isso, os esforços são de conscientizar o consumidor e fortalecer o trabalho de coleta seletiva", explica Luciana Pellegrino, diretora executiva da Abre.



Já para Elisa Quartim, consultora de design sustentável e criadora do site Embalagem Sustentável, as empresas têm de ir além da adoção da simbologia técnica nos rótulos. Segundo ela, em São Paulo, por exemplo, apenas 1% do lixo é reciclado. "Não dá para se preocupar apenas com o descarte. O empresário precisa pensar em todos os seus processos", afirma.



Embora a consciência coletiva tenha aumentado, ainda não é possível afirmar que o consumidor reconheça sempre os esforços das empresas para a redução de danos à natureza. "Ás vezes, as mudanças são muito técnicas, de processos. E na embalagem você não tem espaço para fazer 'propaganda' da sua atitude verde", aponta Elisa. De qualquer modo, opina Luciana, vem aumentando a quantidade de consumidores atentos a essas questões.



Avaliar o ciclo de vida da embalagem é fundamental

Em primeiro lugar, é obrigação do empreendedor saber exatamente as propriedades dos seus produtos para então decidir qual é a melhor embalagem - já que ela é a proteção do produto até o seu uso ou consumo. Alguns alimentos, por exemplo, quando expostos a oxigênio de forma constante ganham um sabor rançoso.



"Nessa avaliação, cujo objetivo é ser mais criterioso com as embalagens, ele pode descobrir, por exemplo, que estava comprando modelos que eram grandes demais para o seu produto ou que possuíam várias camadas de proteção, o que não era necessário para aquele caso", afirma Elia. "Só de realizar uma compra mais adequada, com menos desperdício, ele já ajuda o meio ambiente."



A substituição de matérias-primas é uma das partes mais trabalhosas e requer ajuda de consultoria especializada. Isso porque é preciso avaliar todo o ciclo de vida das embalagens. Elisa diz que um dos itens importantes a ser levado em conta é o transporte.



Segundo ela, às vezes o empreendedor, na ânsia de mudar, acaba escolhendo uma embalagem sustentável que não é vendida no País, mas se esquece que, para importar, precisa colocar na sua 'conta ambiental" o gás carbônico gerado pelos aviões.

Fonte: Cross Content
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