Rede de salões aposta no público infantil para crescer
Especializar-se em um nicho tem sido uns dos recursos encontrados por empreendedores para ganhar mercados até então não explorados. Vale desde oferecer serviços e produtos inovadores até focar a atuação em uma parcela específica dos consumidores. A rede Glitz Mania pertence ao já consolidado segmento de beleza, mas vai além: ela focou no atendimento de crianças.
Com duas unidades próprias e uma franquia - e estimativa para abrir mais duas ainda este ano, todas em São Paulo - o salão oferece corte, manicure, penteados e festas para crianças. Os adultos também são atendidos - é comum pais e mães aproveitarem a ida ao Glitz para cortar o cabelo -, mas o público infantil, composto por crianças entre zero e 12 anos, é responsável por 95% da receita da rede.
O trabalho com crianças requer atenção especial. Por isso, no Glitz, há desde filmes em DVD e brinquedos gigantes até videogames para distraí-las. Esses atrativos também agregam valor à prestação de serviço. "Nosso objetivo é transformar a ida ao cabeleireiro em uma experiência gostosa para pais e filhos", explica Juliana Monteiro, proprietária da rede.
O foco do Glitz Mania são as classes A e B - o que pode ser percebido pela localização das unidades, sempre em bairros nobres. Em 2011, a rede aumentou em 35% o faturamento se comparado com 2010. A ideia agora é expandir para o resto do País.
Perfil do franqueado
O primeiro quesito para o candidato a franqueado da rede é gostar de crianças, e não poderia ser diferente. A ideia do negócio, por exemplo, veio quando Juliana, ao se casar e passar a conviver com amigas com filhos, percebeu que não havia modelos de salões infantis no Brasil.
A rede oferece treinamentos aos franqueados e faz a seleção da primeira equipe que trabalhará nas lojas. "A intenção é que, depois, os franqueados saibam escolher sozinhos os melhores profissionais que têm perfil para lidar com crianças", diz a proprietária.
Isabela Saragiotto, franqueada da unidade do Shopping Iguatemi de Alphaville, na Grande São Paulo, já era cliente das outras unidades do Glitz quando decidiu montar a sua. "Queria abrir um negócio em serviços que fosse inovador." O fato de ter pouca concorrência, e nenhuma no shopping em questão, contribuiu para a escolha.
Os filhos também são apontados por Aldo Castro como motivadores da escolha do Glitz. "Eu e minha esposa sempre tivemos interesse pelo segmento infantil", afirma. As duas unidades de Aldo, uma no bairro de Santana, na capital, e outra em Jundiaí (SP), estão em fase de implantação.
Desafios e benefícios para os franqueados
Lidar com expectativas, em qualquer segmento, é sempre difícil. No caso de salões infantis, isso se torna um desafio ainda maior porque é preciso agradar às crianças e aos seus familiares.
Por outro lado, o franqueado tem de estar atento à questão de seleção, treinamento e acompanhamento da qualidade de atendimento da sua equipe. "De um lado, a família e, do outro, os funcionários do salão. É preciso jogo de cintura", garante Isabela.
Já o maior benefício apontado pelos empreendedores é apostar em nicho que faz parte de um segmento em expansão, o de beleza. Além disso, mercado de serviços voltados para crianças em si é atrativo também: a concorrência ainda é pequena e, com o aumento de renda da população, sobra mais dinheiro para investir em prestação de serviço diferenciada e com qualidade.
Glitz Mania em números
Setor: Esporte, saúde, beleza e lazer
Resumo do negócio: Salão de beleza com foco no público infantil
Número de unidades: 3
Unidades próprias: 2
Unidades franqueadas: 1
Faturamento médio mensal: R$ 80 mil
Taxa de franquia cobrada: R$ 25 mil
Taxa de propaganda: 2% sobre o faturamento
Capital necessário para instalação: R$ 350 mil para loja de 90m² - inclui valor da obra e taxa de franquia
Capital de giro: R$ 50 mil
Prazo de retorno estimado: 34 meses
Principais concorrentes: Look Kids
