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Pesquisa aponta falta de diálogo entre redes e franqueados

26 abr 2012 - 08h09
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Para o bem do negócio, a relação entre franqueados e franqueadores tem de ser a melhor possível, ainda que, na prática, estabelecer uma relação sem ruídos seja difícil. De um lado, uma rede que tem de zelar, principalmente, pela sua marca. Do outro, um empreendedor que busca o melhor para o seu negócio. Por isso, nem sempre as expectativas de ambos estão alinhadas. E é isso o que mostra a pesquisa Melhores Práticas e Melhores Resultados na Gestão de Franquias e Negócios, elaborada pelo Grupo Bittencourt, especializado em franquias.

Como forma de melhorar o diálogo, as redes podem implantar comitês e conselhos de franqueados
Como forma de melhorar o diálogo, as redes podem implantar comitês e conselhos de franqueados
Foto: Shutterstock / Especial para Terra


O estudo foi realizado com 130 franqueadores - marcas como McDonald's, Arezzo, Onodera, Hope, Colchões Ortobom, Rizzo e Devassa - e 60 franqueados . A amostragem representa 11% e 10%, respectivamente, do número total. A maioria das redes participantes (63%) tem até 10 anos de atuação no franchising. Contudo, a pesquisa também englobou marcas mais antigas no mercado



Em evento realizado em São Paulo, a diretora do Grupo, Claudia Bittencourt, afirmou que o intuito da pesquisa é ajudar o franqueador a buscar melhorias, mostrando que a aplicação de boas práticas nas redes gera resultado.



No tópico sobre o apoio recebido no início da operação, houve divergências importantes entre os dois lados. Enquanto 84% dos franqueadores afirmaram que ofereciam apoio para a negociação do ponto comercial, apenas 39% dos franqueados concordaram com isso.



"Uma efetiva capacitação no começo da operação é fundamental, mas os fatores que, deixados de lado, mais contribuem para o insucesso de uma unidade são: deficiência no treinamento em gestão, carência de marketing na inauguração e falta de ajuda para a negociação do ponto comercial", analisou Claudia.



Outro ponto que chamou a atenção, principalmente por demonstrar a insatisfação dos franqueados, foi a resposta à seguinte pergunta: "o apoio do franqueado agrega valor ao resultado do negócio?". Para 30% dos entrevistados, a ajuda da rede agrega pouco ou não agrega. "Esses franqueados acham que tudo depende exclusivamente do esforço deles", afirmou a executiva do Grupo Bittencourt.



De acordo com Claudia, muitos empreendedores vêem no franchising a chance de iniciar um negócio com "sucesso quase que garantido". "Não é bem assim. Não existe garantia de que só pelo fato de pertencer a determinada rede o franqueado vai se dar bem. Claro que há vantagens, mas não existem só benefícios. É papel do franqueador alertar o franqueado no início da operação", esclarece.



Também chama a atenção a discrepância de opinião com relação as ações realizadas pelas redes para acompanhar e incrementar os resultados das unidades. 80% dos franqueadores disseram que oferecem capacitação, enquanto apenas 46% dos franqueados concordaram com essa afirmação. "Novamente há um ruído. Ás vezes não é que a rede esteja mentindo, que ela não ofereça capacitação, mas o franqueado pode estar com a expectativa tão alta do que vai receber que acredita que nada seja suficiente", pondera Claudia.



Medidas para melhorar a relação entre franqueadores e franqueados

Para a executiva do Grupo Bittencourt, o principal problema na relação entre franqueados e a rede é a falta de uma comunicação eficiente. "Muitas vezes o empreendedor não quer a solução do seu problema. Deseja apenas que o franqueado responda aos seus e-mails e telefonemas", analisa Claudia.

Para isso, vale a contratação de um executivo de franquias, que ficaria responsável pelo diálogo com os franqueados. Segundo Claudia, ainda é comum que algumas redes centrem todas as funções, inclusive a de comunicação, nas mãos do dono da franquia. "Fica impraticável. Principalmente quando você chega a casa das dezenas de unidades", afirma.

Outra alternativa para tentar solucionar os problemas e evitar ruídos é apostar em sistemas de integração para a rede. Uma intranet em que os franqueados possam trocar experiências é um bom exemplo nesse sentido.

Há ainda algumas redes que estabelecem comitês e conselhos de franqueados. "O objetivo é trazê-los para perto, para que possam ajudar a decidir sobre pontos que irão impactar diretamente em suas rotinas", aponta Claudia.

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Especial para o Terra

Fonte: Terra
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