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Mobília corporativa pede certificação; se adeque para lucrar

17 abr 2012 - 07h44
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O mercado de móveis é subdividido em vários nichos menores: mobiliário para casa, escritório, escola e decoração. Para representar os fornecedores de móveis corporativos foi criada, há dois anos, a Associação Brasileira do Mobiliário Corporativo (Abramco). Atualmente, umas das principais bandeiras da organização é fazer com que as repartições de governos, principalmente na esfera federal, comprem apenas móveis com certificação. Para o mobiliário escolar, isso já é realidade.

As certificações também garantem que o móvel tenha realmente qualidade. Uma cadeira precisa, por exemplo, deve suportar o peso do braço de uma pessoa
As certificações também garantem que o móvel tenha realmente qualidade. Uma cadeira precisa, por exemplo, deve suportar o peso do braço de uma pessoa
Foto: Shutterstock / Especial para Terra


"É comum que licitações públicas exijam certificação. A iniciativa privada também pede, mas ainda com menor frequência", diz Maurício Pereira, diretor executivo da Abramco. Ele conta que o mercado de móveis corporativos é formado, predominantemente, por empresas de micro e pequeno porte. Na cadeia produtiva, cabe a elas fornecer apenas mobiliário para escritórios - como cadeiras, mesas, gaveteiros e armários.



Para obter a certificação, a empresa precisa passar por uma análise de seu processo produtivo. Além de as certificações garantirem a qualidade dos produtos e contribuírem para a melhoria dos processos internos, elas servem também para valorizar o produto nacional.



"Comparado a outros setores, a penetração de importados - sobretudo chineses - ainda não é muito expressiva, embora venha aumentando a cada dia", explica Pereira. A qualidade desses móveis, segundo ele, é inferior ao mobiliário montado a partir de componentes nacionais. Se a certificação se tornar obrigatória, os importados deixariam de ser fornecidos para o governo.



O que faz com que clientes prefiram móveis montados a partir de componentes estrangeiros, mesmo sem certificação, é o preço. É importante ressaltar que a certificação não aumentaria o valor final do mobiliário. "A ideia não é barrar a entrada de itens estrangeiros, mas é fundamental que eles tenham a mesma qualidade que os nacionais para concorrer com lealdade", esclarece o executivo.



Se o preço do produto não aumenta, a empresa fornecedora consegue expandir a sua carteira de clientes. "Ela passa a vender para organizações que até então não atendia por não ser certificada", diz Pereira. Outro benefício é a garantia de rastreabilidade da cadeia que a certificação impõe. Afinal, as grandes marcas estão cada vez mais cuidadosas no que se refere a relacionar seus produtos com fornecedores que não atuam de acordo com seus valores e padrões de qualidade.



Entenda as certificações para móveis corporativos

As normas para o imobiliário corporativo foram criadas pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). Assim, existem normas técnicas específicas para vários itens dos móveis corporativos. A ABNT NBR 1453, por exemplo, é relativa a móveis de madeira e a ABNT NBR 13961, à produção de armários.

Para ser certificada, a empresa deve contratar um organismo certificador para atestar que ela age em conformidade com a norma pleiteada. Fica a critério da companhia decidir se contrata uma consultoria para ajudar no processo de ¿arrumação da casa¿, como explica Pereira. "Uma pequena empresa bem organizada pode conseguir se adequar aos critérios da norma sozinha. Nesse caso, ela pode contatar a certificadora sem a intermediação de uma consultoria terceirizada."

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Especial para o Terra

Fonte: Terra
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