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Veja lições de 10 empreendedores sobre seus maiores erros

8 mar 2012 - 07h07
(atualizado em 9/3/2012 às 11h04)
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Nem só de acertos é feita a trajetória de empreendedores de sucesso. Às vezes, saber extrair aprendizados de pequenos e, principalmente, de grandes erros ajuda a pensar em alternativas diferentes e mais adequadas para o negócio.

Fernando Massi, sócio-fundador da rede de franquias especializada em clínicas odontológicas Ortodontic Center
Fernando Massi, sócio-fundador da rede de franquias especializada em clínicas odontológicas Ortodontic Center
Foto: Divulgação


O empresário que transforma suas falhas em laboratório para seguir adiante amadurece profissionalmente. Para colher exemplos de que isso é possível, o

Terra

ouviu 10 empreendedores que deram a volta por cima depois de cometer bobagens que, para muitos, poderiam significar o fim do negócio.



Eles contaram, sem rodeios, qual foi o pior negócio que já fizeram e o que isso trouxe de positivo para a empresa que lideram.



Confira o que eles contam:



Alexandre Borin, fundador da Prestus, empresas de consultores e assistentes pessoais 24 horas

"Definir, com o cliente, o escopo de um projeto é uma das lições mais importantes para prestador de serviços. Já houve um caso em que, na fase de ativação, o cliente começou a 'se lembrar' de uma série questões. A complexidade se tornou tão grande que o projeto ficou impraticável. Lição: não suponha que o cliente terá a 'casa em ordem' quando definir o que está ou não incluído no projeto."

Daniel Bernard, fundador da consultoria Netplan, especializada franquias

"Entrei de 'gaiato' numa sociedade, sem conhecer bem o negócio e os sócios. Diante da pressão, assinei dois documentos: um, de compromisso de compra e venda, e outro de alteração contratual. De repente, me vi sócio de pessoas que não conhecia, em um negócio que havia avaliado na condição de consultor e não de possível sócio. Não deu certo. Com isso, aprendi muito sobre direito cível, comercial e trabalhista."

Edson Caldeira, sócio-proprietário e diretor financeiro da BgmRotec, que desenvolve softwares

"Comprei uma plataforma de desenvolvimento reconhecida como uma das melhores do mundo. O resultado final foi ruim. Principalmente por causa da escassez de mão de obra qualificada, desperdicei três anos treinando os profissionais e deixei de crescer pelo menos 30%. O ser humano é mais valioso. Não adianta investir em tecnologia, hardware e software, pois esse conjunto de ferramentas não trabalha sozinho."

Fernando Massi, sócio-fundador da rede de franquias especializadas em clínicas odontológicas Ortodontic Center

"No início do investimento, achei que daria conta de todos os setores da empresa sozinho. Descobri, na prática, que todos têm limites e que é preciso contar com pessoas competentes na equipe para comandar setores vitais. Para o crescimento mais sólido, precisamos de um time especializado e satisfeito com o trabalho que executa. Delegar funções é fundamental."

Jorge Nahas, fundador do site O Melhor da Vida, que vende experiências

"Meu equívoco foi permitir que apenas um funcionário detivesse um conhecimento importante da empresa. Antes, quando o colaborador saía da companhia, ninguém sabia executar o trabalho dele e perdíamos tempo treinando outro profissional. Hoje, temos o conceito de UTI: quatro pessoas foram treinadas para atender a todas as áreas da empresa. Dessa forma prevenimos a queda de resultados se alguém vai embora."

Luiz Carrano, sócio-fundador da rede de franquias ortodônticas Gou Clínicas

"É um erro investir em projetos que não tenham sido testados. Já investi em diversos ramos e, em todas as ocasiões, precisei de muito tempo para aprender como funcionava. Isso me desconcentrava e me atrapalhava. Ao longo do tempo, adquiri experiência. Há 12 anos sou executivo do ramo de franquias e invisto em marcas já reconhecidas pelo mercado."

Luiz Flores, proprietário do restaurante Wakai Sushi

"Entrei em uma sociedade com cinco profissionais do ramo da gastronomia para abrir um restaurante. O empreendimento não deu certo porque nenhum de nós tinha experiência. Não havíamos estudado o ponto comercial, por exemplo. Comecei do zero o meu restaurante após aprender a seguinte lição: para investir em um negócio, além do amor pela profissão é necessário ter experiência e pleno domínio sobre as funções administrativas e financeiras."

Natan David, diretor comercial e fundador da consultoria Leader Leads

"Já deparei com situações em que os números divulgados pela empresa diziam uma coisa, mas a realidade era outra. Erramos por não prestarmos atenção ao segmento específico do cliente e ao valor do seu tíquete médio. No final da contas, o custo para executar o projeto foi maior do que imaginamos e tivemos prejuízo. Como lição, aprendemos que é primordial, ao fechar um contrato, pesquisar o histórico da empresa solicitante."

Rodrigo Nascimento, proprietário da Editora Interciência, especializada em livros técnicos e científicos

"Chegou a nós um original sobre Oceanografia. Li a obra e achei interessante, mesmo sendo leigo no assunto. Um profissional qualificado considerou o livro bom, mas desaconselhou à publicação. Acatei a opinião do avaliador. Um ano depois, o livro foi publicado por outra editora e foi sucesso de mercado. Lição: o editor, sempre que acreditar num original, deve publicá-lo e assumir o risco."

Leonardo Paixão, fundador da rede de franquias de cursos de idiomas inFlux English School

"Decidimos investir na mudança de bandeira de uma escola de idiomas para que ela se tornasse inFlux. Antes mesmo de assinar o contrato, reformamos a unidade. Depois de tudo pronto, o dono da escola decidiu permanecer com a bandeira antiga. Aprendemos a ter mais cautela nos negócios, sempre com assinaturas de circular de oferta, pré-contrato e contrato antes de iniciar qualquer outra ação."

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Especial para o Terra

Fonte: Terra
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