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Crescimento aquece até mercado de traduções, que sobe 57%

30 jan 2012 - 07h30
(atualizado às 13h48)
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Se a boa performance da economia brasileira nos últimos anos é motivo de boas expectativas para o mercado como um todo, para um setor em especial ela é motivo de comemoração em diferentes idiomas: o de traduções. A Common Sense, consultoria americana especializada em pesquisa de mercado, estima que o mercado brasileiro de traduções cresceu 57,3% de 2009 a 2011. E as perspectivas são de que pode crescer ainda mais nos próximos anos.

Segundo a Common Sense, consultoria americana especializada em pesquisa de mercado, o setor de traduções no Brasil cresceu 57,3% entre 2009 e 2011
Segundo a Common Sense, consultoria americana especializada em pesquisa de mercado, o setor de traduções no Brasil cresceu 57,3% entre 2009 e 2011
Foto: Dreamstime / Especial para Terra


De acordo com o estudo, em 2009 o setor, que é formado majoritariamente por pequenas e micro empresas, movimentou US$ 10,3 milhões de dólares. Até 2011, estima-se que a arrecadação tenha chegado a US$ 18 milhões de dólares.



Os preparativos da Copa do Mundo de 2014 e das Olimpíadas de 2016, como era de se esperar, já impulsionam este mercado. Mas, apesar de importantes, esses dois eventos não são responsáveis pelo bom momento que os empreendimentos na área já atravessam. O protagonismo do Brasil na economia mundial vem gerando novos negócios no exterior e, internamente, com empresas estrangeiras que decidiram investir no País. E é esse movimento que influenciou no volume de traduções realizadas nos últimos três anos.



Segundo Thiana Donato, fundadora e diretora executiva da empresa especializada em serviços de traduções All Tasks, a performance desse mercado está diretamente relacionado às oportunidades que surgem devido ao bom momento da economia nacional. "A Copa do Mundo e os Jogos Olímpicos são novos segmentos que os tradutores têm para atuar", afirma.



A proprietária da ABS Traduções e Consultoria, Adriele Bittencourt, de Florianópolis (SC), acredita que os tradutores que atuam no Rio de Janeiro e em São Paulo serão os maiores beneficiados por este novo filão. "São as duas cidades que concentram o maior volume de traduções", diz ela.



"O Brasil é a menina dos olhos do mundo"

A empresária e arquiteta Adriana Martinelli decidiu deixar os projetos arquitetônicos de lado e investir no mercado de traduções. "Morei na Argentina por três anos. De volta ao Brasil, comecei a fazer traduções como freelancer. Apaixonei-me pela nova profissão e decidi abrir uma empresa especializada no ramo: a Martinelli Translations", conta.

O investimento de R$ 20 mil para começar o negócio foi recuperado em seis meses. Em 2012, a empresária pretende abrir uma filial especializada em interpretação consecutiva - em que o tradutor atua como intérprete presencialmente em entrevistas e rodadas de negociação, traduzindo as falas do orador para os participantes sentados à mesa. O modelo difere do de tradução simultânea, comumente utilizado em eventos internacionais, em que o tradutor trabalha em uma cabine e utiliza o sistema de som. Com a ampliação da empresa, ela acredita que pode dobrar o faturamento em relação a 2011.

"Hoje, o Brasil é a menina dos olhos do mundo. O mercado está atento ao nosso País, o que desencadeia um ótimo momento para o setor de traduções", avalia.

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Especial para o Terra

Fonte: Terra
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