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Centralizar fornecedores traz benefícios aos franqueados

23 jan 2012 - 21h39
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Quando o assunto é abastecimento de franquias, a última palavra é sempre do franqueador. É a rede quem determina como será trabalhada a relação do franqueado com os fornecedores. A centralização das decisões faz parte da própria lógica das franquias, que inclui a adoção de produtos e serviços padronizados em todas as lojas.

Existem franquias que são de marca e produto. Nesse caso, os artigos são produzidos pelo próprio franqueador - que as revende aos franqueados
Existem franquias que são de marca e produto. Nesse caso, os artigos são produzidos pelo próprio franqueador - que as revende aos franqueados
Foto: Dreamstime / Especial para Terra


De acordo com Claudia Bittencourt, diretora geral do grupo Bittencourt - consultoria especializada em expansão de negócios para franquias -, o franqueador precisa negociar de forma a beneficiar as franquias, mas sem tirar a identidade do produto.



Essencialmente, existem três tipos de negociação com fornecedores: o franqueador pode homologar as empresas que vão fornecer para toda a cadeia; homologar alguns artigos que são importantes para a caracterização da marca e deixar a compra do restante a cargo do franqueado; finalmente, o franqueador pode ser o próprio fabricante do produto oferecido pela rede. Cabe ao franqueador escolher o sistema a ser adotado.



Fornecimento homologado

No caso do fornecimento homologado, segundo Claudia, o franqueador organiza uma planilha de fornecedores e fica definido que os franqueados têm de comprar das empresas estabelecidas.

Um dos benefícios desse modelo de fornecimento é a possibilidade da compra em escala, que pode gerar vantagens para toda a rede. O próprio franqueador costuma negociar os valores dos artigos quando fecha o contrato de homologação. "A compra em escala dá o poder à rede de negociar com os fornecedores. Sozinho, o franqueado não tem o mesmo poder de barganha", diz.

De acordo com a executiva, algumas franquias optam por montar uma central de fornecimento. O franqueado passa o pedido para o fornecedor, mas o franqueador tem acesso aos dados do que está sendo comprado. "É mais um forma de o franqueador fiscalizar o fluxo de vendas de cada franqueado", conta.

Produtos homologados

Existem algumas redes que optam por dividir as tarefas. Os produtos que são essenciais para a identidade da marca, ou aqueles cuja compra em escala trará benefícios, são homologados. A negociação dos outros artigos fica a cargo de cada franqueado.

De acordo com Claudia, para alguns tipos de franquia, essa formatação de fornecimento é válida. "É o caso dos restaurantes, por exemplo. Fica complicado para o franqueador estabelecer um único fornecedor para certos produtos. Às vezes, vale a pena o próprio franqueado procurar um fornecedor de verduras", afirma.

Cleusa Maria da Silva, proprietária da rede de franquias Sodiê Doces, implantou esse modelo de fornecimento em seu negócio. A franquia, que produz bolos artesanais, homologa parte de seus produtos - caso do leite condensado - e deixa a cargo dos franqueados ingredientes como frutas e ovos. "Preferi deixar a cargo dos franqueados os produtos perecíveis. Assim eles compram de acordo com a necessidade de sua região", conta Cleuza.

Para o franqueado da Sodiê Doces Gladston Marques de Oliveira Neto, de São Paulo, a medida é boa para o tipo do negócio. "Eu não fico necessariamente amarrado a um fornecedor. Quando vejo uma promoção de leite no supermercado, posso comprar e usar. E com os fornecedores homologados consigo um preço melhor, por conta da compra em grande quantidade", diz.

Franquias de marca e produto

Algumas franquias são a própria fabricante de seus produtos. Toda a negociação fica concentrada entre o franqueador e o franqueado. A rede é responsável pelo abastecimento de todas as franquias.

Segundo Marcus Rizzo, proprietário da consultoria Rizzo Franchising e autor do livro Franchising, o Negócio do Século, nessa situação a relação do franqueado com o franqueador é baseada em preço, demanda de produto e fornecimento. "Quando a franquia é dona da marca e do produto, normalmente, a taxa de royalties é cobrada sobre a compra de mercadoria", esclarece.

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Especial para o Terra

Fonte: Terra
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