Brasil deve ser 3º maior mercado de carros do mundo em 2016
6 jan2012 - 12h25
(atualizado às 12h55)
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O Brasil vai subir à terceira posição no ranking global de maiores mercados de veículos do mundo em 2016, atrás de China e Estados Unidos, segundo levantamento da consultoria KPMG, divulgado nesta sexta-feira. Quinto maior mercado mundial em 2011, em um momento em que países da América do Norte, Europa e Japão enfrentaram fraqueza em suas economias, o Brasil deve chegar a 2016 com vendas de 4 milhões a 6 milhões de veículos, após encerrar o ano passado com vendas de 3,6 milhões de unidades.
Seguindo de perto o País está a Índia, em que o levantamento da KPMG - que compila previsões de 200 altos executivos do setor na indústria automotiva mundial - prevê com vendas de 3 a 5 milhões de unidades em 2016. A China seguirá na primeira posição com vendas estimadas entre 20 milhões e 24 milhões de veículos, mas o país é visto com o maior nível de excesso de capacidade produtiva entre os membros do Bric (Brasil, Rússia, Índia e China).
Segundo a pesquisa, a China tinha um excesso de capacidade produtiva de 6 milhões de veículos, algo que crescerá para mais de 9 milhões em 2016. Os respondentes da pesquisa afirmam que o excesso de capacidade nos Brics é visto como "mal necessário" para se manterem competitivos diante dos mercados mais maduros. Diante dessa realidade, a expectativa no levantamento da KPMG é de que os Brics tenham um excesso de capacidade de 20% a 30% em 2016.
Na avaliação dos respondentes da pesquisa da KPMG, a China deve alcançar exportações de 1 milhão de veículos entre 2014 e 2017, enquanto o Brasil deve atingir esse nível apenas em 2017. Em 2011, o Brasil exportou um total de 541,6 mil veículos, 7,7% acima de 2010 e após os 368 mil em 2009.
Fiat 500 - O carro marcava a reentrada da Fiat no mercado dos EUA, mas nunca "saiu da primeira marcha". A baixa procura por parte dos negociantes, uma campanha publicitária com Jennifer Lopez e uma economia de combustível decepcionante para um automático, fizeram com que o modelo, com estimativa de venda de 50 mil unidades neste ano, não passassem dos 17.444 até novembro. Nem mesmo a troca do executivo-chefe da Fiat nos EUA adiantou para evitar o fracasso
Foto: Divulgação
Chevrolet Volt - O híbrido Volt contou com uma explosão de publicidade no início do ano. O salto ousado de tecnologia por parte da GM parecia pronto, porém alguns incêndios com suas baterias fizeram exatamente o contrário. As consequências negativas, combinado com uma pausa na produção no meio do ano, fizeram com que o modelo vendesse cerca de 6,2 mil unidades nos primeiros 11 meses de 2011, aquém da expectativa de 10 mil Volts vendidos no primeiro ano
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Jaguar XF - Os anos não foram gentis com o XF, o carro que inaugurou uma nova era de design Jaguar. As vendas caíram drasticamente no quarto ano de merado. O site Edmunds.com calcula que o XF sofreu uma queda de 28% em 2011
Foto: Divulgação
Lexus HS 250h - Desenvolver uma versão popular do Toyota Prius parecisa uma boa ideia, mas os compradores não aprovaram. De acordo com o Edmunds.com, o modelo sofreu a maior queda nas vendas de que qualquer outro, com 73%
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Honda Insight - Há um ano, a Honda apresentou um híbrido mais barato no mercado para 2011. Mas ruídos excessivos na estrada fizeram com que as vendas, que chegaram a cerca de 20 mil em 2009 e 2010, caíssem bruscamente neste ano. Enquanto isso, a recém chegada do Hyundai Sonata foi aprovada pelo mercado
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Infinity Division - A marca de luxo da Nissan continua a ser irregular. O modelo sedã G-37 conversível é responsável por cerca de 60% das vendas. Porém, os SUV's parecem destinados a vender apenas a certos nichos do mercado. A montadora planeja dobrar sua linha de produtos até 2016
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BMW 550i GT - Introduzido de volta em 2009, os executivos da BMW previram que o modelo 550i seria tão popular nos EUA que pararam de importar o Sport Wagon Série 5. Mas não foi isso que ocorreu. O peso excessivo (2,5 t) e o preço elevado (US$ 65 mil) fizeram com que o 550i continuasse a ser um passo errado para o marketing da empresa
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Honda Ridgeline - A Honda queria perturbar o ortodoxo mercado de caminhonetes quando introduziu o Ridgeline em 2005. A ideia pode ter sido boa, mas não conseguiu muitos resultados, já que, desde então, não consegue vender mais de mil unidades por mês. Provavelmente há um mercado para um veículo que é mais leve que os tradicionais, mas a Honda ainda não o encontrou
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Nissan Cube - O Cube começou a ser vendido em maio de 2009 e desde então vem sofrendo com a decadência. Seu estilo não tem agradado muito aos compradores e suas vendas caíram. O desempenho ruim é gritante quando comparado ao Kia Soul, que está atraindo mais compradores em seu terceiro ano de mercado. Ainda assim, a Nissan aposta em um aumento no preço do gás para o Cube poder decolar
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Nissan Murano CrossCabriolet - "Um rabisco de um designer que educadamente devia ter recebido, amassado e jogado no lixo", foi assim que o New York Times descreveu o modelo conversível da Nissan. O legado de que o CrossCabriolet é um dos carros mais incomuns do século 21 parece certo
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Honda Civic 2012 - Aparentemente projetado para a geração da recessão, o novo Civic começou a ser vendido em abril. Alguns veículos da mídia definiram o carro como "com um design desajeitado, freios fracos e com um ruído irritante na estrada". O The Wall Street Journal o definiu como ¿um fracasso¿. Com tantas críticas, o CEO da Honda admitiu publicamente a total responsabilidade pelo mau desempenho do Civic
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