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Especulação em SP ameaça animais de extinção

IBGE mapeia as 238 espécies e subespécies de animais aquáticos com risco de extinção no País

10 jul 2009 - 14h07
(atualizado às 16h53)
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O País tem 238 espécies e subespécies de peixes e invertebrados aquáticos ameaçados de extinção, 41 deles em estado crítico, como o marisco do junco, o ouriço do mar irregular, o cação-bico-doce e o surubim. A informação consta do documento Fauna Ameaçada de Extinção: Invertebrados Aquáticos e Peixes - 2009, divulgado nesta sexta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Segundo Lícia Leone Couto, bióloga do IBGE, a extinção dos animais está ligada à atividade humana. Por isso, o mapa aponta maior risco de extinção de animais que têm maior ocorrência em cidades costeiras com grande atividade de construções imobiliárias. Assim, o Estado de São Paulo lidera em número de espécies ameaçadas (86), seguido de Rio de Janeiro (76), Rio Grande do Sul (55), Bahia (51) e Paraná (43).

A maioria desses animais com risco de desaparecer tem seu habitat em regiões de mata atlântica e em Estados litorâneos, onde a ação do homem, principalmente com o crescimento das construções imobiliárias, interfere no ciclo natural das espécies. Das 238 espécies e subespécies ameaçadas, 79 são invertebrados aquáticos, como estrelas-do-mar, ouriços-do-mar, pepinos-do-mar, anêmonas-do-mar, e 159 são peixes de água doce e salgada (tubarões, cações, raias, peixes-serra, pacus, barrigudinhos, vermelhos, bagres, cascudos e lambaris).

O documento é o quarto e último de uma série lançada pelo órgão, desde 2006, trazendo informações sobre aves; mamíferos, répteis e anfíbios; e insetos e outros invertebrados terrestres que podem entrar em extinção, totalizando uma lista de 632 espécies, informa texto de Thaís Leitão, da Agência Brasil.

A bióloga destacou como fatores que aceleram o processo de extinção a poluição das águas, a sobrepesca, a pesca esportiva e o comércio de peixes ornamentais. Lícia cita o caso do tubarão, cuja barbatana, altamente valorizada no mercado internacional, pode ser vendida por até US$ 1 mil o quilo.

Fonte: DiárioNet DiárioNet
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