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Vale testa primeira locomotiva a gás do Brasil

O chamado trem verde deve evitar a emissão de 73 mil toneladas de CO2 por ano

13 fev 2009 - 10h31
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A Vale vai usar uma mistura gás natural e diesel em suas locomotivas. Os testes começaram na Estrada de Ferro Vitória a Minas (EFVM). O projeto do trem bicombustível, ou trem verde, como vem sendo chamado pela mineradora, recebeu investimento de R$ 2,4 milhões. Os testes vão usar concentrações de gás de 50% e 70% e, dependendo dos resultados, o uso do combustível deve ser estendido a toda a frota de locomotivas da EFVM e Estrada de Ferro Carajás (EFC).

A conversão dos motores das locomotivas para o gás natural permitirá a redução das emissões de CO2 na atmosfera, provenientes da queima de combustíveis causadores do efeito estuda. Estima-se que deixarão de ser emitidas 73 mil toneladas de CO2 equivalentes na atmosfera por ano, correspondente ao sequestro de gases-estufa de 155 hectares de mata nativa.

Com a utilização de gás natural nas locomotivas, a Vale informa que vai evitar uma quantidade de CO2 superior ao que deixou de ser emitido por toda a empresa com o uso das misturas de biodiesel B2 e B3 (71 mil toneladas) em 2008, em locomotivas, caminhões fora-de-estrada e na geração elétrica. A empresa já testou com sucesso o B20 (diesel com 20% de biodiesel), mas por falta de biodiesel suficiente no mercado, vem operando desde julho de 2008 com o B3, distribuído em todo o País.

A primeira viagem do trem verde foi feita em dezembro de 2008. O motor de uma locomotiva modelo BB36 foi convertido para gás natural e a composição circulou com 168 vagões. Os investimentos da Vale nos novos motores a gás natural estão alinhados à estratégia da empresa de investir no mercado de gás, por meio da aquisição de participações em blocos exploratórios, ampliando seu consumo e as opções de geração energética.

A assessoria da empresa informa ainda que, além dos motores a gás, mais uma tecnologia será implantada nos trens: os freios eletropneumáticos, que facilitam o controle de velocidade e a rápida atuação dos freios em todos os vagões de uma composição, possibilitando ao operador melhor controle do trem. Os freios permitem uma economia de cerca de 5 % no consumo de combustível.

Fonte: DiárioNet DiárioNet
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