La Niña volta e ameaça café da Colômbia
Autoridades colombianas confirmaram na quarta-feira que o fenômeno climático La Niña voltou a se formar, ameaçando a produção de café do país por causar chuvas excepcionais no período de dezembro a março.
As costas do Caribe e do Pacífico e a região andina ficarão particularmente vulneráveis, com maior risco de deslizamentos e de destruição de estradas em grande parte do país, disse na quinta-feira o Instituto de Hidrologia, Meteorologia e Estudos Ambientais da Colômbia (Ideam, um órgão estatal).
O La Niña ocorre quando a temperatura na superfície da faixa equatorial do oceano Pacífico se resfria abaixo dos níveis normais, alterando os padrões climáticos em várias regiões do mundo.
Há um ano, o fenômeno causou na Colômbia chuvas que mataram cerca de 400 pessoas. Recentemente, havia sinais de que o La Niña voltaria, e muitos cafeicultores já contavam com isso.
Entre as áreas mais vulneráveis citadas pelo Ideam estão os departamentos de Nariño, Cauca, Huila e Tolima, no centro e sul do país, onde a safra secundária de café da Colômbia é colhida entre abril e julho.
Os meses que antecedem à colheita são importantes na floração dos cafezais, e as chuvas fortes podem afetar o crescimento. As quatro províncias respondem por cerca de 40% da produção total de café do país.